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Tele 2 lança Internet de banda estreita sem serviços associados
A Tele 2 arranca hoje com a oferta do serviço de Internet em banda estreita (dial-up), sendo o seu único compromisso os preços mais baixos. Por isso, diz que não irá oferecer nem serviço de «hosting» nem serviços de correio electrónico.
A Tele 2 arranca hoje com a oferta do serviço de Internet em banda estreita (dial-up), sendo o seu único compromisso os preços mais baixos. Por isso, diz que não irá oferecer nem serviço de «hosting» nem serviços de correio electrónico.
Para Ignácio de Montis, director-geral da Tele 2 Portugal, esse pode ser uma vantagem competitiva da oferta da Tele 2, pois ninguém precisa de mudar de endereço electrónico.
A operadora sueca explica que o seu «valor acrescentado é a oferta de preços mais baixos», já que em serviços «não íamos fazer melhor do que os especialistas», enfatizando, por exemplo, que não vão avançar com qualquer portal.
O registo no serviço de Internet é feito através do «site» da Tele 2 (para quem já tenha Internet) ou através de uma chamada telefónica (onde é explicado os procedimentos para aceder através da Tele 2 à Internet). Em qualquer dos casos, os clientes têm de se registar no serviço de voz da Tele 2. A empresa vai oferecer 10 horas de navegação a quem se registar até final de Janeiro.
Os mais de 150 mil clientes actuais da Tele 2 no serviço de voz vão ser os alvos, numa primeira fase, da campanha de «marketing» da Tele 2, que em Janeiro abrangerá mais potenciais clientes com a inserção de publicidade na Internet e só mais tarde avançará para a imprensa.
Para a empresa os clientes actuais são os principais alvos, na medida em que «não há razão para não mudarem para a Tele 2 também na Internet», até porque a empresa «garante uma factura única com todos os serviços prestados pela Tele (voz e dados)».
Claro que ainda receberão a factura com a mensalidade da Portugal Telecom. Só quando a ORLA (Oferta de Referência para a Linha de Assinante) for possível é que a Tele 2 poderá incluir na sua própria factura a mensalidade a pagar à PT. Esta possibilidade começará a tomar forma, depois de a Anacom avançar com as imposições, no âmbito do novo quadro regulatório do sector, para o operador com poder de mercado significativo no serviço fixo.
A ORLA define os critérios para que possa haver uma factura única. «Temos interesse em fazer uma factura única», disse Ignácio de Montis.
O lançamento da oferta de dial-up também não vai implicar grandes investimentos para a Tele 2 nem para a Transcom (empresa do grupo Tele 2 responsável pelo «call center»). Ignácio de Montis explica que como a empresa só vai oferecer a ligação à Internet o «call center» só deverá ter grande acréscimo de chamadas nos primeiros dias, com as dúvidas e ligações.
Depois não haverá muitas chamadas, já que 70/80% das chamadas para os «call centers» dos ISP (fornecedores de acesso à Internet) são com problemas de e-mail e de configurações. A Transcom teve de acrescentar, apenas, três a quatro pessoas.
A Tele 2 explica o lançamento da Internet de banda estreita pelo facto de Portugal ter, ainda, uma baixa taxa de penetração de acesso à Internet. São apenas 750 mil lares com banda estreita e 200 mil com banda larga. A taxa de penetração de Internet nos lares é de 37%. Por isso, a empresa estima ter uma quota de 4% ao fim do primeiro ano de actividade.