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Tele2 prevê «break even» em três anos (act)
A operadora de telefonia sueca que está a entrar em Portugal prevê atingir o «break even» financeiro, no terceiro ano de actividade, disse ao Negocios.pt o director geral da Tele2 Portugal.
A Tele2, operadora de telefonia sueca que está a entrar em Portugal, prevê atingir o «break even» financeiro, no terceiro ano de actividade, prevendo o operacional ser alcançado dentro de ano e meio, disse ao Negocios.pt Ignacio de Montis, director geral da Tele2 Portugal.
Em todos os países onde opera, a Tele2 define o terceiro ano como a meta para alcançar o «break even».
Em Espanha, onde entrou há dois anos e meio, está a seis meses de atingir esta meta.
Tele2 ambiciona 10% de quota em 2006
O objectivo da empresa para Portugal é «estar presente entre 3 a 5% dos lares portugueses no final do primeiro ano de actividade», o que corresponde a um total de 100 mil clientes, afirmou Montis, em conferência de imprensa.
Em 2006, a meta é alcançar os 500 mil clientes, ou 10% do mercado, pretendendo «roubar quota principalmente, à Portugal Telecom», acrescentou o mesmo responsável, em conferência de imprensa de apresentação da nova empresa que começa operar na próxima sexta-feira.
A Tele2 recusa-se a divulgar valores de facturação previstos, bem como de investimentos. Mas este terá, nas palavras dos responsáveis da empresa, reduzido, na medida em que a Tele2 opera, unicamente, através do acesso indirecto, ou seja, aluga circuitos a outros operadores e transporta o tráfego.
De acordo com Jean-Louis Constanza, vice-presidente da empresa para o Sul da Europa «essa é a grande vantagem da Tele2».
Tele2 oferece descontos de 50% face a PT
«A Tele2 é um operador bem sucedido, pois temos uma estratégia única e simples. Somos os líderes em preços baixos», referiu este responsável.
Em Portugal, a Tele2 quer também ser líder em preços, garantindo um tarifário com um preço por minuto de metade do custo da PT, segundo os responsáveis da empresa.
Nas chamadas locais, a Tele2 oferece um preço por minuto de 0,50 cêntimos no horário económico e de um cêntimo em horário normal, sendo a tarifação ao segundo a seguir ao período de activação que nas chamadas locais é de 60 segundos.
Nas chamadas nacionais, no período económico o preço por minuto é de 1,5 cêntimos e no período normal de 4 cêntimos. O período de activação é de 20 segundos. Nas chamadas internacionais, o período de activação é de 5 segundos.
A Tele2 opera com o prefixo 1073, que o consumidor tem de digitar antes do número de telefone para onde quer ligar. No entanto, a empresa garante a possibilidade de pré-selecção. A Tele 2 diz que o cliente tem de aguardar cinco dias pela pré-selecção, mas vai dizendo que, como depende da PT, admite poder demorar mais.
Tele2 quer ser MVNO em Portugal
Outro objectivo da empresa para Portugal é operar como operador móvel virtual (MVNO), assim que haja regulamentação para o efeito.
Em Espanha, já tem licença para MVNO, mas está ainda em fase de acordo com os operadores móveis. No entanto, diz que, em breve, oferecerá esse serviço.
«Em Portugal demorará mais», refere o director geral para Portugal. A empresa pretende, ainda, vir a oferecer serviços de Internet e banda larga.
«Queremos ser o maior operador alternativo em Portugal», assegura Ignacio de Montis. A operadora tem licença desde 2001, mas era uma altura complicada e «optámos por esperar que o mercado ficasse um pouco mais maduro».
A empresa vai ter ao seu serviço entre 15 e 20 pessoas. O «call center» levará à contratação indirecta de mais pessoas, contando ter no conjunto 260 pessoas quando estiver em velocidade de cruzeiro. Mas o «call center» não é operado directamente pela operadora, mas sim por uma empresa do grupo a Transcom.
A empresa contratou serviços de interligação à PT e à Oni.