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TAP em "fortes negociações" com dois interessados para vender Groundforce

A TAP tem em curso "fortes negociações" com dois interessados na compra da empresa de handling Groundforce, na qual detém uma participação de 49 por cento que a Autoridade da Concorrência já obrigou a vender.

09 de Março de 2010 às 17:41
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A TAP tem em curso "fortes negociações" com dois interessados na compra da empresa de handling Groundforce, na qual detém uma participação de 49 por cento que a Autoridade da Concorrência já obrigou a vender.

A informação foi avançada pelo presidente do conselho de administração da TAP, Fernando Pinto, numa entrevista que a Lusa vai divulgar na íntegra na quarta-feira.

"Há fortes negociações em curso para a venda da Groundforce", disse Fernando Pinto, acrescentando que "firmemente, a TAP tem dois interessados".

O mesmo responsável escusou-se a revelar quais os dois interessados na Groundforce bem como se um deles é a Swissport, cujo interesse já tinha sido noticiado.

Questionado sobre se os interessados são europeus, Fernando Pinto disse que está obrigado contratualmente ao sigilo, mas confirmou: "Sim, são da região", disse apenas.

A TAP partilhou a Groundforce até Março de 2008 com os espanhóis da Globalia, altura em que os 50,1 por cento detidos pela empresa espanhola foram comprados por três bancos (BIG, Banif e Banco Invest).

Na sequência desta operação, a propriedade desta participação voltou para as mãos da TAP pelo mesmo valor que tinha sido vendida ao consórcio bancário: 31,6 milhões de euros.

A TAP transferiu então o controlo de gestão da Groundforce para a empresa independente Europartners, uma operação que foi submetida à autorização da AdC.

Em Novembro a AdC proibiu a operação de concentração entre a TAP e a Groundforce e obrigou a transportadora aérea a vender a empresa em prazo considerado adequado.

Ouvido hoje em comissão parlamentar, o presidente da Autoridade da Concorrência, Manuel Sebastião, afirmou que caso se concretizasse a operação de concentração entre a TAP e a Groundforce esta empresa de assistência em terra poderia perder as licenças por incumprimento das regras comunitárias.

Questionado sobre os prazos dados pela AdC, o presidente da TAP escusou-se a dizer se acredita que a operação de venda da Groudforce se vai concretizar este ano. No entanto, afirmou que se tal não vier a acontecer, "a TAP terá de se sentar à mesa com a Concorrência para encontrar uma solução".

A Groundforce, disse também Fernando Pinto, vai trazer prejuízos às contas de 2009 da TAP, apesar de ter "melhorado significativamente" a sua qualidade de serviço.





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