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TAP: Neeleman reitera explicações que deu em 2023 sobre investimento na companhia
"Sobre o investimento na TAP, em 2015, remeto para as respostas escritas que dei à comissão de inquérito do parlamento português", afirmou o empresário.
04 de Setembro de 2024 às 15:36
O empresário David Neeleman, antigo acionista da TAP, disse esta quarta-feira que não tem conhecimento do teor do recente relatório da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) e reiterou as explicações que deu em 2023, segundo uma nota.
"Sobre o recente relatório da IGF de que tive conhecimento apenas através de notícias da comunicação social portuguesa, não conheço o seu teor", começa por dizer o empresário na informação, enviada à Lusa.
"Mas sobre o investimento na TAP, em 2015, remeto para as respostas escritas que dei à comissão de inquérito do parlamento português e para artigo que publiquei no jornal Expresso em março de 2023, no qual expliquei detalhadamente o nosso investimento e a privatização na TAP", destacou.
Nas respostas à comissão de inquérito, conhecidas em junho do ano passado, Neeleman rejeitou que os chamados 'fundos Airbus' tenham sido usados para comprar ações da transportadora aérea, garantindo mesmo que ajudaram a salvar a companhia "de uma insolvência imediata".
O empresário referiu nessa altura que os montantes qualificados como 'fundos Airbus', uma terminologia que considera estar a ser usada "impropriamente", não "serviram para adquirir as ações da TAP".
Pelo contrário, assegurou, "as ações da TAP foram pagas pela Atlantic Gateway à Parpública pelo valor acordado e que correspondeu a 10 milhões de euros".
Segundo Neeleman, "este preço foi pago com fundos próprios da Atlantic Gateway", acrescentando que "antes de ser efetivado qualquer acordo com a Airbus", antes de "ter administradores nomeados na TAP, antes de ter qualquer ação ou direito de voto na TAP, a Atlantic Gateway teve de pagar à Parpública, com fundos próprios, um adiantamento de preço no montante de dois milhões de euros, em 24 de junho de 2015, data da celebração do acordo de venda direta".
Também o empresário Humberto Pedrosa considerou esta terça-feira ser "falso e leviano" afirmar que a TAP foi comprada com dinheiros próprios e garantiu que ficou com prejuízo após ter injetado dinheiro na empresa.
"É falso, por não corresponder à verdade, e leviano dizer que a TAP foi adquirida, no âmbito da privatização, por fundos da própria companhia", afirmou Humberto Pedrosa, em declarações enviadas à Lusa, reagindo às conclusões do relatório da Inspeção Geral de Finanças (IGF) sobre a TAP.
No documento da IGF pode ler-se que a Atlantic Gateway, consórcio de David Neeleman e Humberto Pedrosa, adquiriu 61% do capital da TAP, SGPS, "comprometendo-se a proceder à sua capitalização através de prestações suplementares de capital, das quais 226,75 milhões de dólares americanos (MUSD) foram efetuadas através da sócia DGN Corporation (DGN) com fundos obtidos da Airbus".
Aquele montante de capitalização, acrescenta, "coincide com o valor da penalização (226,75 MUSD) assumida pela TAP, SA, em caso de incumprimento dos acordos de aquisição das 53 aeronaves (A320 e A330), o que evidencia uma possível relação de causalidade entre a aquisição das ações e a capitalização da TAP, SGPS e os contratos celebrados entre a TAP, SA e a Airbus".
"Sobre o recente relatório da IGF de que tive conhecimento apenas através de notícias da comunicação social portuguesa, não conheço o seu teor", começa por dizer o empresário na informação, enviada à Lusa.
Nas respostas à comissão de inquérito, conhecidas em junho do ano passado, Neeleman rejeitou que os chamados 'fundos Airbus' tenham sido usados para comprar ações da transportadora aérea, garantindo mesmo que ajudaram a salvar a companhia "de uma insolvência imediata".
O empresário referiu nessa altura que os montantes qualificados como 'fundos Airbus', uma terminologia que considera estar a ser usada "impropriamente", não "serviram para adquirir as ações da TAP".
Pelo contrário, assegurou, "as ações da TAP foram pagas pela Atlantic Gateway à Parpública pelo valor acordado e que correspondeu a 10 milhões de euros".
Segundo Neeleman, "este preço foi pago com fundos próprios da Atlantic Gateway", acrescentando que "antes de ser efetivado qualquer acordo com a Airbus", antes de "ter administradores nomeados na TAP, antes de ter qualquer ação ou direito de voto na TAP, a Atlantic Gateway teve de pagar à Parpública, com fundos próprios, um adiantamento de preço no montante de dois milhões de euros, em 24 de junho de 2015, data da celebração do acordo de venda direta".
Também o empresário Humberto Pedrosa considerou esta terça-feira ser "falso e leviano" afirmar que a TAP foi comprada com dinheiros próprios e garantiu que ficou com prejuízo após ter injetado dinheiro na empresa.
"É falso, por não corresponder à verdade, e leviano dizer que a TAP foi adquirida, no âmbito da privatização, por fundos da própria companhia", afirmou Humberto Pedrosa, em declarações enviadas à Lusa, reagindo às conclusões do relatório da Inspeção Geral de Finanças (IGF) sobre a TAP.
No documento da IGF pode ler-se que a Atlantic Gateway, consórcio de David Neeleman e Humberto Pedrosa, adquiriu 61% do capital da TAP, SGPS, "comprometendo-se a proceder à sua capitalização através de prestações suplementares de capital, das quais 226,75 milhões de dólares americanos (MUSD) foram efetuadas através da sócia DGN Corporation (DGN) com fundos obtidos da Airbus".
Aquele montante de capitalização, acrescenta, "coincide com o valor da penalização (226,75 MUSD) assumida pela TAP, SA, em caso de incumprimento dos acordos de aquisição das 53 aeronaves (A320 e A330), o que evidencia uma possível relação de causalidade entre a aquisição das ações e a capitalização da TAP, SGPS e os contratos celebrados entre a TAP, SA e a Airbus".