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TAP, Medicare e CTT lideram reclamações reportadas à Deco Proteste

Desde o início do ano foram reportadas à organização de defesa do consumidor mais de 277 mil reclamações, com TAP, Medicare e CTT no topo das empresas visadas. Por setores, e "sem grandes surpresas", as telecomunicações continuam a motivar o maior número de queixas.

Companhia aérea portuguesa continua a aguardar o ok da Comissão Europeia ao plano de reestruturação apresentado.
Miguel Baltazar
15 de Dezembro de 2021 às 12:52
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As telecomunicações continuam a figurar, "sem grandes surpresas", como o setor que reúne o maior número de reclamações por parte dos consumidores, representando 9,5% (ou 26.801) das mais de 277 mil recebidas pela Deco Proteste desde o início do ano (contra 396. 767 em 2020). Já no pódio das empresas mais visadas estão a TAP (4.167 queixas), a Medicare (2.736) e os CTT (2.277).

Em comunicado, publicado esta quarta-feira, a organização de defesa do consumidor indica que, no ano em que os portugueses voltaram a viajar, a companhia aérea de bandeira de Portugal foi visada a propósito de atrasos, cancelamentos ou testes expirados, mas também a respeito de casos em que vouchers não se converteram nas viagens desejadas.

"Estas situações repetiram-se um pouco por todos os meses do ano e ganharam especial relevância durante o verão, quando muitos portugueses tentaram retomar deslocações adiadas pelo contexto de pandemia", indica a associação, apontando ainda que "a falta de informações da TAP em tempo útil foi também uma falha apontada com muito frequência por quem se viu impossibilitado de viajar na data ou hora agendada".

Já o "grande desagrado" relativamente à Medicare prendeu-se com a "renovação indesejada de contratos". De acordo com a Deco Proteste, das questões levantadas no Portal Reclamar "denota-se um desconhecimento de muitos consumidores face às características contratuais de um plano de saúde".

Um cenário que, aponta, "leva muitos portugueses a acreditarem que basta não pagarem as mensalidades do produto para que o respetivo contrato seja cancelado, tal como acontece, por exemplo, com os seguros de saúde". "A falta de pagamento não anula o contrato e ainda gera uma dívida, cobrada com juros e que origina as reclamações feitas", sinaliza a associação de defesa do consumidor.

Olhando por setores, as telecomunicações mantém-se então como o principal alvo das reclamações. Segundo a Deco Proteste, MEO, NOS, Vodafone, Nowo e outros operadores foram visados sobretudo por "problemas com a faturação, cobrança de dívidas antigas, quebras na qualidade do serviço e tentativas falhadas de desvinculação contratual".

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