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TAP, Medicare e CTT lideram reclamações reportadas à Deco Proteste
Desde o início do ano foram reportadas à organização de defesa do consumidor mais de 277 mil reclamações, com TAP, Medicare e CTT no topo das empresas visadas. Por setores, e "sem grandes surpresas", as telecomunicações continuam a motivar o maior número de queixas.
As telecomunicações continuam a figurar, "sem grandes surpresas", como o setor que reúne o maior número de reclamações por parte dos consumidores, representando 9,5% (ou 26.801) das mais de 277 mil recebidas pela Deco Proteste desde o início do ano (contra 396. 767 em 2020). Já no pódio das empresas mais visadas estão a TAP (4.167 queixas), a Medicare (2.736) e os CTT (2.277).
Em comunicado, publicado esta quarta-feira, a organização de defesa do consumidor indica que, no ano em que os portugueses voltaram a viajar, a companhia aérea de bandeira de Portugal foi visada a propósito de atrasos, cancelamentos ou testes expirados, mas também a respeito de casos em que vouchers não se converteram nas viagens desejadas.
Já o "grande desagrado" relativamente à Medicare prendeu-se com a "renovação indesejada de contratos". De acordo com a Deco Proteste, das questões levantadas no Portal Reclamar "denota-se um desconhecimento de muitos consumidores face às características contratuais de um plano de saúde".
Um cenário que, aponta, "leva muitos portugueses a acreditarem que basta não pagarem as mensalidades do produto para que o respetivo contrato seja cancelado, tal como acontece, por exemplo, com os seguros de saúde". "A falta de pagamento não anula o contrato e ainda gera uma dívida, cobrada com juros e que origina as reclamações feitas", sinaliza a associação de defesa do consumidor.
Olhando por setores, as telecomunicações mantém-se então como o principal alvo das reclamações. Segundo a Deco Proteste, MEO, NOS, Vodafone, Nowo e outros operadores foram visados sobretudo por "problemas com a faturação, cobrança de dívidas antigas, quebras na qualidade do serviço e tentativas falhadas de desvinculação contratual".