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Nelson Tanure reduz participação na Oi

O empresário brasileiro Nelson Tanure, responsável pela criação do Société Mondiale Fundo de Investimento em Acções – accionista da Oi representado pela gestora Bridge Administradora de Recursos –, reduziu a sua posição na operadora brasileira.

Reuters
22 de Janeiro de 2018 às 23:23
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O Société Mondiale Fundo de Investimento em Acções, do empresário Nelson Tanure, reduziu a sua participação na operadora brasileira de telecomunicações Oi, de 6,53% para 4,54% [30.306.300 acções] do total de acções ordinárias emitidas pela companhia, segundo o comunicado enviado ao mercado. Assim, a redução do fundo no capital social da Oi passou de 5,28% para 3,67%, acrescenta o documento.

 

Esta redução da posição do fundo criado por Tanure ocorre depois de o plano de recuperação judicial da Oi ter sido aprovado pela Justiça brasileira no passado dia 8 de Janeiro – após a luz verde dada pelos credores a 19 de Dezembro.

 

Recorde-se que a operadora de telecomunicações brasileira entrou com um pedido de recuperação judicial em Junho de 2016 por não conseguir negociar as dívidas, que na época ascendiam a 65 mil milhões de reais (17,3 mil milhões de euros).

 

Tanure viu o seu poder esvaziado em relação ao processo de recuperação judicial da Oi quando, no final de Novembro de 2017, se viu afastado de qualquer decisão. Com efeito, a 30 de Novembro, o juiz da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, Fernando Viana, determinou que o novo presidente da operadora, Eurico Teles, seria o único responsável por levar a cabo e concluir as negociações com os credores.

 

Nelson Tanure, que em 2016 chegou a pedir a destituição dos administradores portugueses da Pharol na Oi, integra desde 30 de Junho do ano passado o conselho de administração da operadora liderada por Palha da Silva.

A Pharol, recorde-se, é accionista minoritária de referência com 22% das acções da Oi através da sua subsidiária Bratel.

 

Um dos pontos aprovados no plano de recuperação judicial da Oi prende-se com o aumento de capital de 4 mil milhões de reais (cerca de um milhão de euros) previsto para os accionistas – que vão ter uma forte diluição da sua participação.

 

O plano de recuperação judicial da Oi, apesar de aprovado pelo juiz responsável pelo processo, foi contestado pela Pharol, que convocou mesmo uma assembleia geral extraordinária para 7 de Fevereiro com o intuito de vetar alguns dos pontos desse plano e avançar com acções judiciais.

 

No entanto, a actual direcção da Oi não partilha do mesmo entendimento, tendo sublinhado que "a assembleia de credores é soberana e não cabe a accionistas aprovar ou rever a deliberação".


(notícia actualizada às 23:54)

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