Em 1934, numa época em que aproximadamente metade dos apartamentos na Suécia estavam infestados de percevejos, era fundada a Anticimex, que significa "contra percevejos".

"A ideia era oferecer aos proprietários um contrato anual ‘sem garantia de percevejos’ a um preço fixo. Se o cliente não ficasse satisfeito, o tratamento era repetido sem nenhum custo adicional. Isso possibilitou-nos o controlo sobre o problema dos percevejos e, com o tempo, também levou a tratamentos menos dispendiosos e bem-sucedidos", conta a empresa.

Hoje, a Anticimex está presente em 21 países, na Europa, Austrália, Estados Unidos, Ásia e América Latina, emprega mais de 10 mil pessoas e fechou 2022 com uma faturação de 13,4 mil milhões de coroas suecas (aproximadamente 1,2 mil milhões de euros). 

Em Portugal, onde entrou em 2013, a multinacional sueca tem vindo a crescer de forma fulgurante por via aquisitiva, num "investimento superior a 10 milhões de euros" na compra de nove empresas, avançou Paulo Coelho, diretor-geral da Anticimex Portugal, em declarações ao Negócios.

Apresentando-se como líder no setor de controlo preventivo de pragas, a Anticimex anunciou esta sexta-feira, 14 de Julho, a sua nona aquisição em solo português nos últimos sete anos.

Só no último ano comprou mais três empresas em Portugal: depois da B-Alert & Controlpeste, de Viana do Castelo, e da maiata desilíder – efectuadas em março e dezembro de 2022, respectivamente -, fechou agora a aquisição da açoriana Carreiro & Cavaco.

"A empresa, por meio da sua subsidiária nos Açores, a empresa Pestkil, tinha já uma posição de liderança no mercado dos Açores. Agora, com a incorporação da Carreiro & Cavaco, a segunda maior empresa de controlo de pragas na região", a Anticimex "reforça ainda mais a sua posição como líder indiscutível", enfatiza.

Com a compra da Carreiro & Cavaco, que emprega meia dúzia de pessoas, "a Anticimex Portugal tem hoje 162 colaboradores nas nove delegações - Viana do Castelo, Maia, Coimbra, Leiria, Loures, Lisboa, Algarve, Funchal e Ponta Delgada", detalha Paulo Coelho.

A subsidiária portuguesa da multinacional sueca facturou 8,2 milhões de euros no ano passado, revela Paulo Coelho, sinalizando que a aquisição da Carreiro & Cavaco "é um marco importante" para a empresa.

"Com a integração da Carreiro & Cavaco na nossa equipa, estamos confiantes de que poderemos aumentar significativamente a nossa carteira de clientes, oferecendo serviços inovadores baseados em práticas sustentáveis e na redução significativa do uso de produtos tóxicos", afiança.