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Standard & Poor’s diz que o BCP pode alienar o Bank Millennium
O director da Standard & Poor’s John Gibling defende que a fusão do UniCredito e do banco alemão HVB poderá despoletar uma onda de consolidação no sector, especialmente na Europa do Leste. O responsável da agência de notação diz que o Bank Millennium
O director da Standard & Poor’s John Gibling defende que a fusão do UniCredito e do banco alemão HVB poderá despoletar uma onda de consolidação no sector, especialmente na Europa do Leste. O responsável da agência de notação diz que o Bank Millennium do BCP «não é estrategicamente importante» e que poderá ser alienado.
Em Junho deste ano, o UniCredito Italiano chegou a acordo para comprar o banco alemão HVB, por 19,2 mil milhões de euros, numa operação que passará a ser a maior fusão de sempre entre dois bancos de países europeus de países diferentes.
John Gibling, director da unidade de «rating» da Standard & Poor’s (S&P) para o mercado da Europa do Leste, numa conferência em Viena, defendeu que esta fusão deverá despoletar novas ondas de consolidação no sector bancário na Europa, numa altura em que os bancos de maior dimensão procuram beneficiar das maiores taxas de crescimento naquela região.
«Alguns bancos que entraram mais tarde no jogo e que estão a ver as margens na Europa do Leste vão estar interessados», disse o responsável, citado pela agência Bloomberg, acrescentando que «não pomos de lado mais fusões».
Para Gibling, os bancos polacos BRE Bank e Bank Millennium poderão ser dois dos bancos-alvo.
Os seus donos, o alemão Commerzbank e o português Banco Comercial Português (BCP) [BCP] deverão estar à procura de alienar as subsidiárias porque «não são estrategicamente importantes», diz a agência de notação financeira.
O banco liderado por Paulo Teixeira Pinto faz parte de um grupo de nove bancos que ficaram qualificados para apresentarem uma oferta vinculativa ao Banca Comerciala Romana (BCR), o maior banco da Roménia, em vias de ser privatizado.
O governo da Roménia adiou para 17 de Outubro o prazo para os bancos entregarem as suas propostas vinculativas. A edição de hoje do jornal «Público» avança que a instituição bancária nacional poderá juntar-se à Eureko para tentar controlar o banco romeno.
As acções do BCP negociavam em alta de 1,36% para os 2,23 euros.