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Sporting avança com empréstimo obrigacionista de 30 milhões

A SAD do Sporting pede aos accionistas que aprovem uma oferta pública de subscrição de um empréstimo obrigacionista de um máximo de 30 milhões de euros, na assembleia-geral marcada para 1 de Outubro.

Miguel Baltazar/Negócios
Negócios 09 de Setembro de 2014 às 21:37
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"O Conselho de Administração da Sporting Clube de Portugal - Futebol, SAD, vem, nos termos e para os efeitos do disposto no número 2 do artigo 8º dos Estatutos, propor à Assembleia Geral [AG] da Sociedade, reunida aos 1 de Outubro de 2014, que delibere conceder-lhe autorização para a emissão, com oferta pública de subscrição, de um empréstimo obrigacionista, até ao montante máximo de € 30.000.000,00 (trinta milhões de euros), mediante a emissão de obrigações ordinárias, com o valor nominal unitário de € 5 (cinco euros)", lê-se no ponto 9 da ordem de trabalhos, comunicada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. 

 

Na AG, será votado um total de 10 pontos, entre os quais a aprovação do relatório e contas do exercício que terminou a 30 de Junho e que inclui um resultado resultado líquido positivo de 368 mil euros, que compara com um resultado líquido negativo de 43,8 milhões de euros registado na época anterior.

 

Outro ponto da ordem de trabalhos diz respeito a uma alteração de estatutos que permita nomear seis administradores para o conselho de administração da SAD. Se a alteração for chumbada, este órgão fica com cinco administradores. O presidente deste órgão é Bruno de Carvalho, para cuja a gestão é pedido, no ponto 3 da ordem de trabalhos, "um voto de confiança", extensível a cada um dos membros da administração, ao conselho fiscal e à sociedade de revisores oficiais de contas (PricewaterhouseCoopers). 

 

Recorde-se que a SAD do Sporting está a atravessar um processo de reestruturação financeira que prevê a fusão por incorporação da Sporting SAD na Sporting Património e Marketing, um aumento do capital social pela sociedade Holdimo no montante de 20 milhões de euros, mediante a conversão de um crédito daquela entidade, um outro aumento de capital de 18 milhões de euros, a emissão de Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis em acções da Sociedade (VMOC) no valor de 80 milhões de euros (por conversão de créditos do BES - agora Novo Banco - e BCP) e um empréstimo bancário até ao montante de 68 milhões de euros a conceder por estes dois bancos. 

 

A reestruturação inclui ainda diversas metas de gestão que passam, entre outros aspectos, a redução dos custos operacionais e a afectação de receitas extraordinárias à liquidação de responsabilidades financeiras. 

 

Segundo se pode ler no relatório e contas de 2013/2014 publicado esta terça-feira, a SAD liderada por Bruno de Carvalho esclarece que a "formalização final da reestruturação financeira encontra-se dependente da resposta da Autoridade Tributária ao pedido de isenção de IMT e Imposto do Selo relativamente à prorrogação e posterior transferência do direito de superfície do Estádio José Alvalade e do Edifício Multidesportivo da Sporting Património e Marketing (SPM) para a Sporting SAD, no âmbito da fusão prevista das duas Sociedades". 

 

 

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