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Bruno de Carvalho processa Godinho

A actual gestão da SAD do Sporting propõe aos accionistas que votem acções de responsabilidade civil contra Godinho Lopes, Luís Duque, Carlos Freitas e Nobre Guedes. Em causa os contratos assinados com os jogadores Izmaylov, Jéffren e Rodriguez.

Miguel Baltazar
Negócios 09 de Setembro de 2014 às 20:38
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O conselho de administração da Sociedade Anónima Desportiva (SAD) do Sporting, liderado por Bruno de Carvalho, propõe aos accionistas que aprovem uma acção de responsabilidade civil contra a antiga equipa de gestão da sociedade, liderada por Godinho Lopes. 

 

Num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, com as propostas a votar na assembleia-geral (AG) de 1 de Outubro, a SAD justifica esta iniciativa com as decisões contratuais envolvendo os antigos jogadores do clube, Marat Izmaylov, Jéffren e Rodriguez. 

 

No caso do jogador russo, justifica a actual gestão do Sporting, "ao terem promovido a renovação do contrato do jogador Marat Izmaylov, nos termos em que o fizeram, os administradores em questão violaram culposamente os deveres de diligência e cuidado a que estavam obrigados e, em consequência, causaram à Sporting SAD um prejuízo, cujo montante irá ser concretizado pelos serviços jurídicos competentes para o efeito".

 

Em causa está a renovação do contrato de Izmaylov entre Abril e Junho de 2011, que a actual gestão do Sporting classifica como uma decisão carecida de racionalidade empresarial, justificando esta posição com os termos do contrato de quatro anos no valor de 5,5 milhões de euros, acrescido de um contrato de exploração de direitos de imagem de 853,3 mil euros e de uma comissão de intermediação na renovação de 480 mil euros. 

 

Assim, acrescenta a proposta à AG, "o aumento exponencial dos custos da Sporting SAD que resultou da renovação do contrato de trabalho desportivo com o jogador Izmaylov foi um decisão carecida de racionalidade empresarial". Isto porque "a situação financeira da Sporting SAD não comportava tal aumento de custos, o jogador ainda tinha mais dois anos de contrato em vigor, o jogador tinha sido objecto de diversos processos disciplinares, o atleta tinha problemas físicos recorrentes; e o rendimento desportivo do jogador desaconselhava a renovação, já que na época em que a mesma foi feita (2011/2012), à data da renovação (Abril de 2011) o jogador apenas tinha realizado uma partida oficial e durante 26 minutos de jogo". 

 

No caso do jogador Jéffren a questão prende-se com a condição física do espanhol. "Ao terem procedido com a contratação do jogador Jeffren, sem o mesmo ter sido previamente examinado pelo departamento médico da Sporting SAD, os administradores em questão violaram 

culposamente os deveres de diligência e cuidado a que estavam obrigados e, em consequência,
causaram à Sporting SAD um prejuízo, cujo montante irá ser concretizado pelos serviços jurídicos competentes para o efeito", lê-se na proposta à AG, expressa no ponto 10 da ordem de trabalhos. 

 

Em causa está o contrato de cinco anos, em Agosto de 2011, com uma salário global líquido de 9,3 milhões de euros. 

 

Sobre este jogador, a gestão da SAD do Sporting defende em particular que "os administradores foram alertados pelo departamento médico de então para a não contratação do referido jogador sem que o mesmo fosse sujeito a rigorosos exames médicos pela Sporting SAD, atendendo ao historial clínico do jogador". No entanto, acrescenta, "apesar de tal aviso, a contratação do jogador não foi precedida de exames médicos pela Sporting SAD". 

 

Finalmente, no que diz respeito a Alberto Rodriguez, contratado em Maio de 2011 por quatro épocas, a SAD liderada por Bruno de Carvalho alega que "o departamento médico de então alertou para as evidentes fragilidades físicas do jogador, quer no que concerne à probabilidade de instalação de uma pubalgia (o que obriga a intervenção cirúrgica), quer no que diz respeito ao 'perfil lesional recorrente' ao nível muscular, não compatível com o cumprimento do calendário desportivo". Contudo, diz o comunicado "os referidos administradores decidiram a contratação do atleta [com um remuneração anual de 669 mil euros e um prémio de assinatura de 836,4 mil euros] e o pagamento de comissão de intermediação [492 mil euros à Gestifute de Jorge Mendes]"

 

 

 

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