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S&P baixa «rating» da Parmalat para nível de falência; acções afundam 66%

A Parmalat, a maior vendedora de leite do mundo, viu a sua notação de «rating», avaliada pela Standard & Poor’s (S&P) ser revista em baixa para D, a última da lista e que indica falência, depois da empresa ter falhado o pagamento de uma opção de venda no

19 de Dezembro de 2003 às 16:59
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A Parmalat, a maior vendedora de leite do mundo, viu a sua notação de «rating», avaliada pela Standard & Poor’s (S&P) ser revista em baixa para D, a última da lista e que indica falência, depois da empresa ter falhado o pagamento de uma opção de venda no valor de 400 milhões de dólares (321,72 milhões de euros) a accionistas.

A notação D na S&P significa incumprimento e pode ser aplicada a empresas que declaram falência e que os pagamentos financeiros estão em risco. Esta decisão revela dúvidas face à capacidade da companhia em cumprir as suas obrigações financeiras, apesar da empresa ter registado nas suas contas disponibilidades financeiras de 4,2 mil milhões de euros.

No entanto, e a explicar a revisão do «rating», o Bank of América negou a existência de uma conta na sua agência de Nova Iorque, que é reclamada pela Parmalat, com 3,95 mil milhões de euros em dinheiro e activos. O Bank of América é a instituição financeira que lidera um grupo de investidores que reclama um pagamento em atraso da subsidiária brasileira da Parmalat, referente a uma opção de venda.

Depois do Bank of América ter rejeitado a existência da referida conta, a administração da Parmalat convocou uma reunião extraordinária para esta tarde e iniciou os procedimentos para verificar a autenticidade dos documentos da sua filial.

A Parmalat conseguiu atrasar o exercício da opção de venda e continua em negociações com os accionistas. O montante de dívidas da empresa ascende a 6 mil milhões de euros e na semana passada evitou a falência depois de ter pago, com atraso, obrigações no valor de 150 milhões de euros.

Acções afundam 66% e banca italiana também desvaloriza

As acções da empresa estiveram suspensas durante quase toda a sessão na Bolsa de Milão, mas no final da sessão, através de leilão, foi fixado um preço de fecho, nos 0,30 euros, que equivale uma queda de 66%.

A Parmalat fica assim avaliada em 244,7 milhões de euros e a Bolsa de Milão já anunciou que a empresa vai ser retirada do índice MIB30 a partir de segunda-feira. Antes da queda de hoje as acções da Parmalat já registavam uma queda de 60%.

Mas não foi só a Parmalat a sofrer hoje em bolsa com a sua provável falência, pois os bancos expostos à dívida da empresa também fecharam com quedas próximas de 10%.

A Goldman Sachs já reviu em baixa a sua avaliação para a Capitália e outros bancos que emprestaram dinheiro à Parmalat.

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