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S&P sobe "rating" da TAP para BB-. Companhia fica a três níveis de sair do lixo

A Standard & Poor’s (S&P) reviu em alta o "rating" da TAP, de B+ para BB-. A agência de notação financeira está otimista relativamente aos resultados a serem alcançados pela companhia aérea este ano.

21 de Novembro de 2023 às 14:06
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A Standard & Poor’s (S&P) reviu em alta o "rating" da TAP, ao elevá-lo em um nível, de B+ para BB-, o que corresponde ao terceiro nível de investimento especulativo - o chamado "lixo".

Apesar de se manter num patamar de "junk", a classificação da dívida da TAP está agora a apenas três  níveis de passar à categoria de investimento de qualidade.

Já o "outlook" (perspetiva para a evolução da dívida) mantém-se em "estável".

A agência de notação financeira tinha colocado o "rating" da TAP em B+ em abril de 2022, tendo reiterado essa classificação em abril deste ano. Mas agora decidiu-se por este "upgrade" e justifica a sua decisão num relatório divulgado nesta terça-feira.

A S&P está otimista com as contas da empresa liderada por Luís Rodrigues, esperando agora "que a TAP registe um EBITDA [lucros antes de juros, impostos, amortizações e depreciações] de pelo menos 900 milhões de euros este ano".

A S&P subiu assim as previsões face ao apontado em abril, quando a agência de "rating" acreditava que a empresa alcançaria um EBITDA entre 770 milhões e os 780 milhões de euros em 2023.

Esta revisão em alta é justificada pelo recente desempenho acima do esperado das "yields" no mercado da dívida e "pelo contexto de procura robusta de viagens aéreas".

Olhando para o próximo ano, a S&P antecipa, ainda que reconheça "que possa não ser sustentável", "que o EBITDA se mantenha nos níveis de 2022 ou acima destes".

No ano passando, a companhia aérea contabilizou o primeiro resultado líquido positivo em cinco anos, ao alcançar os 65,6 milhões de euros de lucro. O EBITDA foi de 778 milhões de euros.

Já nos primeiros nove meses deste ano, a empresa liderada por Luís Rodrigues registou lucros recorde de 203,5 milhões de euros. O EBITDA cresceu 44,5% para 725,6 milhões de euros.

Por sua vez, também o "rating" do perfil de crédito individual (SACP) – que mede a capacidade de cumprimento das obrigações de um emitente sem contemplar os fatores externos – foi revisto em alta, em concreto de "B" para "B+".Isto porque "esperamos que o EBITDA mais robusto se traduza num ‘cash flow’ operacional positivo, aumentando a capacidade da empresa de reduzir a alavancagem".

A S&P avisa ainda que a notação do perfil de crédito individual pode subir ainda mais, houver mais apoio do governo. A agência de "rating" acredita que existe uma "probabilidade moderada" de que tal aconteça.

Por fim, o "outlook" estável é justificado pela previsão da S&P de que "o transporte aéreo de passageiros se consolide nos níveis pré-pandémicos", isto partindo da presunção de que o cenário "macroeconómico e geopolítico não se irão deteriorar inesperada ou acentuadamente de que os preços dos bilhetes se manterão próximos dos níveis deste ano, permitindo à TAP manter as métricas de crédito compatíveis com" o "rating".

(Notícia atualizada às 14:30 horas).

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