"A Sonaecom não encontrou diamantes na sede da PT, mas encontrou bons resultados", afirmou Henrique Granadeiro, em entrevista Jornal 2, da RTP, considerando que a Sonaecom subiu o preço devido aos lucros recorde que a empresa apresentou. Num discurso muito mais moderado contra a Sonaecom, Granadeiro não disse se considerava o novo preço de baixo ou justo.

Comentando o anúncio da Sonaecom, que eleva a oferta para 10,5 euros por acção, que ainda vai ser analisado pelo Conselho de Administração da Portugal Telecom, Henrique Granadeiro considerou que a Sonaecom continua a ter que esclarecer três aspectos: as contas, o fundo de pensões e as sinergias.

Num discurso muito mais moderado contra a OPA da Sonaecom, Granadeiro recusou-se a afirmar se considera o novo preço alto ou baixo, revelando que a administração da empresa vai analisar a nova proposta.

"O aumento do preço da OPA não foi em concertação com a administração da PT", disse Granadeiro. "Neste último ano muita coisa mudou na PT e muita coisa boa. É aos accionistas que compete analisar esta oferta, mas será obrigação do Conselho de Administração analisar esta proposta"

Granadeiro adiantou que "todos os elementos vão ter que ser analisados pela Conselho de Administração, que depois irá pronunciar-se na AG da PT.

Questionado sobre se este aumento de valor é uma vitória de Granadeiro, o CEO afirmou que "é inquestionável que com a decisão de hoje, o Conselho de Administração teve um ganho de 1,128 mil milhões de euros para os accionistas".

"Sentimos que fizemos um bom trabalho para os accionistas", adiantou.

"O valor de 1,128 mil milhões de euros é o reconhecimento do nosso esforço e do nosso trabalho ao longo destes meses", adinatou.

"Fizemos um enorme esforço para proporcionar aos accionistas uma base sólida de avaliação da empresa. A Sonaecom ainda não apresentou essas contas", disse.

"Não desistimos de ver esclarecido o problema do fundo de pensões", acrescentou.

Granadeiro reafirmou que, "pela via da dívida e da concorrência, [a OPA] será prejudicial para os consumidores".