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Sonaecom e Telefónica discutem troca da Vivo por 10% da PT

A Sonaecom e a Telefónica já mantiveram reuniões a propósito da posição da PT na Vivo. Uma das possibilidades é a troca dos 10% detidos pela Telefónica na PT pelos 50% que a operadora nacional detém na “holding” que controla a Vivo.

17 de Novembro de 2006 às 18:38
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A Sonaecom e a Telefónica já mantiveram reuniões a propósito da posição da PT na Vivo. Uma das possibilidades é a troca dos 10% detidos pela Telefónica na PT pelos 50% que a operadora nacional detém na "holding" que controla a Vivo.

Chris Lawrie, CFO da Sonaecom [SNC], revelou hoje que a empresa nortenha e a Telefónica, detentora de cerca de 10% do capital da Portugal Telecom (PT) [PTC], já "mantiveram algumas reuniões" a propósito da posição da PT na Vivo.

Lawrie reconheceu que "em termos de posicionamento estratégico da Telefónica no Brasil e na América Latina o resultado mais óbvio é vendermos a Vivo à Telefónica", afirmou o responsável citado pela Bloomberg.

As declarações foram feitas na conferência de dois dias patrocinada pela Morgan Stanley em Barcelona, subordinada ao tema das TMT.

O CFO da Telefónica, Santiago Fernadez Valbuena, segundo a mesma agência, referiu ontem, na mesma conferência, que a operadora espanhola poderá vender os 10% da PT na OPA para financiar a aquisição do que lhe falta da Vivo.

"Se a Telefónica quiser comprar a Vivo quando, e se, formos donos desse activo então poderemos chegar a um acordo" referiu o CFO da Sonaecom, sublinhando à Bloomberg que tal acordo só será realizado "se for justo".

Ainda assim, Lawrie também notou que a Sonaecom "tem recursos financeiros suficientes" para avançar para a aquisição dos 50% da Vivo detidos pela Telefónica, se assim o entender.

Zeinal Bava diz que "spin-off" é incondicional

Zeinal Bava, no mesmo evento, afirmou hoje que o "spin-off" da PT Multimédia (PTM) [PTM] vai avançar independentemente das concessões regulatórias pedidas pela PT à Anacom serem aceites.

Sobre a separação das redes, o presidente da PTM disse à Bloomberg que "não há quaisquer condições associadas ao compromisso que efectuámos", respondendo desta forma às críticas de Paulo Azevedo, líder da Sonaecom, que referiu em Outubro ter algumas dúvidas a propósito do "spin-off" por causa das condições pedidas pela PT para avançar com esta operação.

O também vice-presidente do Grupo PT sublinhou ainda que "a recente valorização dos activos do Brasil, a recuperação da performance que estamos a sentir nos negócios internos" levam-nos a acreditar "mais veementemente" que o preço de 9,50 euros por acção "é baixo".

Já o CFO da Sonaecom, Chris Lawrie, presente na mesma conferência, afirmou que a sua empresa "está hoje menos confortável" em relação ao preço "do que estava aquando do lançamento da OPA".

Sobre o "spin-off", Lawrie afirmou que "mesmo que a OPA não avance estamos completamente convencidos que a separação da rede de cabo vai avançar, o que é positivo para o mercado em geral" e logo "para a Sonaecom".

"Mesmo que a nossa oferta não tenha sucesso já conseguimos parte do que mais procurámos nos últimos três anos e meio" referiu ainda Lawrie, ,em declarações à agência Bloomberg.

As acções da PT fecharam hoje em subida de 0,41% para os 9,80 euros e a Sonaecom avançou 0,19% para os 5,18 euros.

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