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Sonae vende 6,64% do seu capital ao Banco BPI (act.)
A Sonae vendeu 6,64% do seu capital ao BPI, alienando cada acção a 2,06 euros. A “holding” diz que o encaixe de 274 milhões servirá para reduzir o endividamento e financiar a estratégia de crescimento. Para cobrir o risco da operação, o BPI fez um “equity
A Sonae vendeu 6,64% do seu capital ao BPI, alienando cada acção a 2,06 euros. A "holding" diz que o encaixe de 274 milhões servirá para reduzir o endividamento e financiar a estratégia de crescimento. Para cobrir o risco da operação, o BPI fez um "equity swap" com a Sonae Investments que ficará exposta às variações da cotação durante três anos.
Num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Sonae SGPS [SON] diz que vendeu hoje 132.856.072 acções próprias. A venda foi feita em bolsa.
As acções foram vendidas ao preço unitário de 2,06 euros por acção e geraram um encaixe de quase 274 milhões de euros.
Com este encaixe, a empresa diz que consegue "simplificar a sua estrutura de participações através da alienação de uma reserva de investimento".
O objectivo é também o de "monetizar as acções próprias, permitindo reduzir o seu nível de endividamento". Com isto, a empresa pretende reforçar "a solidez financeira do seu balanço e financiar a estratégia de crescimento dos seus negócios e novas oportunidades de investimento".
No final do primeiro semestre a Sonae SGPS tinha uma dívida líquida de 2,38 mil milhões de euros.
"Após esta operação a Sonae SGPS passou a deter, através de participadas, 193.183 acções próprias, correspondentes a 0,01% do respectivo capital social", adianta o comunicado.
Sonae mantém o risco das acções
Num outro comunicado, a Sonae SGPS diz que a sua subsidiária Sonae Investments celebrou com uma instituição financeira um contrato de "cash settled equity swap" sobre as 132,8 milhões de acções da empresa.
Esta instituição é o BPI que, apesar de ter comprado a tranche, celebrou o contrato "com vista à cobertura do risco económico inerente às acções adquiridas".
Na prática, o BPI passa a ser o dono das acções, mas a exposição ao sobe e desce dos títulos e aos dividendos continua a ser da Sonae SGPS, por um período de três anos.
No final destes três anos, a Sonae SGPS não terá direito, nem a obrigação, de adquirir essas acções ao BPI.
As acções da Sonae SGPS fecharam inalteradas nos 2,07 euros, com mais de 135 milhões de títulos transaccionados.