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Sonae SR vai continuar a investir em Espanha
A actividade da Sonae em Espanha tem estado a crescer desde 2008, ano em que a empresa chegou ao país vizinho com a compra da Boulanger.
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Quem o diz é o CEO da Sonae SR, Miguel Mota Freitas, em entrevista ao jornal espanhol “Cinco Días”, que apresenta uma clara estratégia da empresa no que respeita a Espanha: continuar a investir. A actual expansão da empresa decorre de “um crescimento orgânico, aquisições e acordos de franchising”, refere. “E pretendemos manter esta estratégia, com investimentos cada vez mas racionais e estratégicos, em função do contexto macroeconómico”.
“No ano passado, abrimos oito lojas da Sport Zone e 17 da Zippy, e continuamos a analisar novas possibilidades, mas neste momento estaríamos a especular se avançássemos algo mais [sobre o número de aberturas]”, refere ao "Cinco Días" o presidente executivo da Sonae SR, acrescentando que os investimentos devem ser extremamente cuidadosos.
Entre as três marcas da Sonae SR, Miguel Mota Freitas reconhece que a Worten é a que tem maior notoriedade. E apesar de admitir que o mercado da electrónica de consumo está difícil, assegura que tem armas para competir com a gigante Media Markt.
Sobre o facto de a PC City – a quem a Sonae SR comprou no ano passado algumas das lojas em Espanha para a sua marca Worten – ter saído do mercado espanhol devido à crise, Miguel Mota Freitas diz que talvez a proposta de valor daquela empresa não tivesse sido a mais adequada para o momento que o mercado atravessa.
E mostra-se convicto de que a capacidade de inovar da Sonae SR lhe vai permitir dar a volta por cima. “Em cinco anos, a confiança dos nossos clientes permitiu-nos alcançar a terceira posição no mercado da electrónica de consumo. Ambicionamos ir mais além, ainda que conscientes de que não será tarefa fácil”, acrescenta, salientando que as vendas da Sonae SR em Espanha já representam 25% do total.
Sobre a situação do país, considera que o governo de Mariano Rajoy precisa de muito mais do que determinação na correcção do défice público. “Fazem igualmente falta iniciativas de relançamento da economia. É necessário estimular o investimento e a criação de emprego”.