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Sonae Indústria cumpre um ano em bolsa com subida de 15%

Fez ontem um ano que a Sonae Indústria, líder mundial de derivados de madeira, voltou a cotar em bolsa após o "spin-off"da Sonae SGPS. E o desempenho dos títulos mostra que a separação da "casa-mãe" foi uma medida acertada. Desde então as acções valorizar

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Fez ontem um ano que a Sonae Indústria, líder mundial de derivados de madeira, voltou a cotar em bolsa após o "spin-off"da Sonae SGPS. E o desempenho dos títulos mostra que a separação da "casa-mãe" foi uma medida acertada. Desde então as acções valorizaram mais de 15% o que avalia actualmente a empresa em 1,05 mil milhões de euros.

Hoje a Sonae Indústria é uma empresa bem mais apelativa para os investidores, pertence à "primeira divisão" da Euronext Lisbon e os analistas consideram-na uma das principais apostas para 2007.

Depois dos accionistas da Sonae SGPS e a da Sonae Indústria terem aprovado a operação a 4 de Novembro, as acções foram integradas na bolsa a 27 de Dezembro de 2005, tendo ascendido ao PSI-20 a 3 de Julho de 2006.

As acções atribuídas aos accionistas da Sonae SGPS, que representaram cerca de 90% do total, só foram admitidas à negociação mais tarde (20 de Janeiro).

O objectivo do "spin-off" foi o de autonomizar a empresa e aumentar a dispersão na bolsa, na altura inferior a 3%. Este objectivo foi alcançado, já que actualmente o "free-float" ronda os 30%. Ontem as acções da Sonae Indústria encerraram nos 7,50 euros e a média dos últimos seis meses de acções negociadas é de cerca de 250 mil títulos por dia, bastante mais que anteriormente.

O analista John dos Santos da Lisbon Brokers considera que o comportamento das acções desde o "spin-off" foi "muito positivo, não só pelo desempenho, mas pelo aumento de liquidez", uma tendência que o analista espera que se mantenha em 2007.

Antes do "spin-off", a Sonae SGPS, que incorporava o valor da Sonae Indústria, era de cerca de três mil milhões de euros, tendo na altura corrigido 877 milhões de euros, valor a que foi avaliada a área industrial.

Desde então, estes valores já foram superados e hoje as duas empresas em conjunto já valem mais de 4 mil milhões. A Sonae SGPS recuperou o valor da correcção, estando avaliada actualmente em cerca de três mil milhões de euros e a Sonae Indústria já vale mais de mil milhões de euros.

Ano de aquisições

A contribuir para a valorização das acções estiveram também os investimentos realizados pela empresa, que este ano fez várias aquisições e está a reestruturar os negócios, factos que têm sido vistos como positivos pelo mercado.

A Sonae Indústria adquiriu este ano a Darbo por 30 milhões de euros e a Hornitex por 60 milhões euros. Lançou uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre 6,7% do capital da Tafisa por 60,9 milhões de euros, para a retirar de bolsa, uma operação que vai simplificar a organização da empresa, apesar do processo ainda não estar terminado.

A empresa concretizou ainda a operação de concentração com a Tarkett, depois da Comissão Europeia ter aprovado o negócio. Aquisições que permitiram que a empresa, agora com uma gestão autonomizada, se expandisse para novos mercados e que aumentasse a prensença onde já actuava.

Quanto aos resultados, nos primeiros noves meses de 2006, a empresa registou um resultado líquido de 15 milhões de euros, o que representou uma queda de 56% face ao mesmo período de 2005.

O volume de negócios aumentou 11% para 1,2 mil milhões de euros. Este ano, os lucros da Sonae Indústria foram afectados pelas aquisições e pelo incêndio que ocorreu numa fábrica do Canadá, factores que explicamo facto de o desempenho em bolsa até gter sido inferior ao do mercado.

Para 2007, espera-se que este cenário se inverta, com os problemas do Canadá a serem resolvidos e com a integração das novas empresas. A Sonae Indústria prevê terminar 2007 com um EBITDA de 183 milhões, praticamente ao nível do de 2005 numa base comparável.

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