Entre Janeiro e Março deste ano, o resultado líquido da Sonae Investimentos atribuível aos accionistas da empresa-mãe foi negativo em 7,363 milhões de euros, uma deterioração face aos ganhos de 31,504 milhões reportados nos primeiros três meses do ano passado.

"Em geral, importa notar que a performance no retalho nos primeiros três meses do ano reflecte essencialmente o efeito adverso do calendário no primeiro trimestre de 2017, com menos um dia em Fevereiro, menos um fim-de-semana e a Páscoa a ser celebrada no segundo trimestre do ano, sublinha o relatório e contas divulgado na CMVM.

"Esta evolução beneficiou do aumento da contribuição da Sonae MC, Worten e Sports & Fashion, que mais do que compensou o decréscimo do volume de negócios da Sonae RP, resultante das operações de Sale & Lease Back (S&LB) que ocorreram em 2016", refere o comunicado da empresa liderada por Paulo Azevedo (na foto).

Já o cash-flow operacional da empresa (EBITDA) alcançou os 49 milhões de euros, o que representa um decréscimo de 58 milhões face ao ano anterior. "Apesar do aumento da contribuição da Worten e da Sports & Fashion, não só pela consolidação da Salsa mas também pelas melhorias na rentabilidade verificadas nas restantes insígnias da Sports & Fashion, esta evolução foi negativamente influenciada pela rubrica de itens não recorrentes que em 2016 incluía os ganhos de capital obtidos com as operações de S&LB", justifica a empresa.

No total, a margem de EBITDA foi de 4,0% das vendas, descendo 5,1 pontos percentuais face ao ano anterior.

No final de Março, a Sonae Investimentos detinha um portefólio global de 1.628 lojas, a que correspondia uma área de venda de 1.167 mil m2 . Durante este período, a Sports & Fashion continuou a consolidar a sua rede de lojas que, desde Junho de 2016, também reflecte a integração do parque de lojas da Salsa, salienta o mesmo documento.

(notícia actualizada às 00:22)