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Som do dinheiro: procura por aparelhos auditivos cria bilionários

A expectativa de uma vida longa é música para os ouvidos da Amplifon.

Amplifon
02 de Setembro de 2018 às 13:00
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O valor das acções da fabricante de aparelhos auditivos mais do que duplicou desde o início de 2017, impulsionado pela procura de uma população que está a envelhecer, ajudando a transformar a sua principal accionista em bilionária. A presidente do conselho, Susan Carol Holland, detém 44,9% da empresa com sede em Milão, através da holding da sua família, o que representa a maior parte da sua fortuna de 2,3 mil milhões de dólares, de acordo com o índice Bloomberg Billionaires. Uma pequena fatia da sua participação é usada como garantia para um empréstimo.

 

A ONU projecta que a população global de pessoas com 60 anos ou mais anos duplicará para 2,1 mil milhões até meados do século, e o mercado de aparelhos auditivos deverá crescer quase 6% ao ano até 2022, segundo a empresa de análise Technavio.

 

"Depois dos 35 anos, a audição de todos começa a deteriorar-se", disse Fiona Watts, audiologista e terapeuta auditiva em Bristol, Inglaterra. "É extremamente incomum ver uma pessoa de 80 anos que não use um aparelho auditivo."

 

Bilionários

Uma porta-voz da Amplifon disse que Holland, de 62 anos, não estava disponível para comentar o assunto.

 

Mas Holland não é a única nova bilionária da indústria.

 

William Austin, de 76 anos, fundador da Starkey Hearing Technologies Inc., de capital fechado, tornou-se bilionário em 2014. A empresa com sede em Eden Prairie, Minnesota - o único membro dos EUA do chamado "Big 6" de fabricantes de aparelhos auditivos - conta com cinco presidentes, dois papas e Dolly Parton entre os seus clientes.

 

Hans-Ueli Rihs detém 5,7% da Sonova Holding, a maior fornecedora de produtos de cuidados auditivos em termos de receita. As acções da empresa com sede em Stäfa, Suíça, registaram um recorde no mês passado e respondem por mais da metade da sua fortuna líquida de 1,1 mil milhões, de acordo com o índice da Bloomberg.

 

A Sonova disse que Rihs não estava disponível para fazer comentários.

 

A Sonova também vende aparelhos auditivos de forma directa e reforçou a sua presença no retalho há dois anos ao adquirir a principal rival da Amplifon, a AudioNova International. Depois a Sonova vendeu a sua unidade portuguesa de retalho à Amplifon para se concentrar mais em outros mercados.

 

Participações

Em 1985, Rihs e o seu falecido irmão, Andy Rihs, em conjunto com o parceiro comercial Beda Diethelm, tornaram-se accionistas da empresa, que na altura se chamava Phonak Holding. Diethelm, ex-gerente técnico da empresa, é o principal accionista desde 2016. Actualmente, a sua participação de 10,2% vale 1,2 mil milhões de dólares.

 

Andy Rihs, que faleceu em Abril, era presidente e CEO e até 2013 tinha uma participação na empresa maior do que a do irmão. A sua participação de 3% valia cerca de 320 milhões de dólares na altura da sua morte. Hans-Ueli Rihs também controla uma operadora suíça de casinos e é dono do clube de futebol Young Boys of Bern, que acaba de ganhar o seu primeiro campeonato em 30 anos.

 

(Texto original: The Sound of Money: Demand for Hearing Aids Creates Billionaires)

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