A Teixeira Duarte faltou à Assembleia Geral da construtora Soares da Costa, no seguimento da decisão da empresa liderada por Laurindo Costa de proceder à retenção dos lucros do ano transacto, sem antes comunicar este facto ao seu parceiro estratégico.

Segundo apurou o «Diário Económico», ao não distribuir dividendos, tal como havia feito o ano passado, a Soares da Costa infringiu uma das cláusulas do acordo de parceria estabelecido com a construtora de Pedro Teixeira Duarte.

A Teixeira Duarte passa a deter 25,91% dos direitos de voto da Soares da Costa, aumentando a sua posição anterior de apenas 10,88%, através das acções preferenciais que passam a ter direito de voto após não terem recebido dividendos. Por definição, as acções preferenciais não têm direitos de voto, mas têm de auferir um dividendo anual mesmo que a empresa não apresente lucros.

Uma das cláusulas também presentes no acordo, é a obrigatoriedade de as duas partes se encontrarem, no prazo um mês após a violação dos termos do acordo, com vista à ponderação, renegociação ou conclusão do mesmo.

Ao que apurou o mesmo diário, Pedro Teixeira Duarte não terá comparecido na assembleia alegando uma deslocação a Moçambique agendada para o mesmo dia.

A Teixeira Duarte encerrou, na passada sexta-feira, a cotar nos 18,95 euros (3.799 escudos), com uma subida de 1,83%. Por seu lado, a Soares da Costa valorizou 4,67%, fechando nos 3,14 euros (629 escudos).