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Sindicato dos Jornalistas desafia acionistas a demitir comissão executiva da Global Media

Depois da "guerra de palavras" entre os acionistas minoritários e a comissão executiva do Global Media Group, o Sindicato dos Jornalistas desafia os acionistas do GMG a demitir José Paulo Fafe e apela à Entidade Reguladora para a Comunicação Social para que use “todos os mecanismos ao seu dispor".

Cofina Media
Cláudia Arsénio 31 de Dezembro de 2023 às 12:06
O Sindicato dos Jornalistas emitiu este sábado um comunicado sobre a situação no Global Media Group (GMG), manifestando "extrema preocupação" em relação "à troca de ameaças entre a comissão executiva e os acionistas" do grupo.

Ontem, a comissão executiva do GMG, liderada por José Paulo Fafe, divulgou uma nota em que classifica de "insólito" o texto assinado na sexta-feira pelos acionistas Marco Galinha, Kevin Ho, José Pedro Soeiro e Mendes Ferreira, no qual se demarcaram dos atrasos no pagamento de salários a trabalhadores do grupo de que fazem parte o JN, DN, TSF e O Jogo, assim como da situação financeira difícil em que se encontra todo este universo empresarial.

Agora, o Sindicato dos Jornalistas desafia os acionistas minoritários a destituir a comissão executiva e "lamenta que os acionistas façam comunicados públicos a questionar as ações da comissão executiva, que nos parecem lesivas para os interesses do GMG e dos seus trabalhadores, em vez de tomar uma ação e fazer o mínimo que se exige neste momento - destituir José Paulo Fafe e a sua equipa da gestão do GMG, enquanto ainda existe GMG".

No comunicado, o sindicato lamenta ainda que a comissão executiva esteja "mais preocupada em defender-se dos acionistas e em contra-atacar os acionistas do que em resolver os problemas financeiros que alega para o grupo, deixando os trabalhadores sem o subsídio de Natal, primeiro, e agora sem o vencimento do mês de dezembro".

"É perturbadora a postura da comissão executiva liderada por José Paulo Fafe de afrontar tudo e todos e o hábito adquirido de não pagar salários ou vencimentos a quem trabalha", lê-se no comunicado, que sublinha que não está apenas em causa a sobrevivência da empresa, mas "a pluralidade e diversidade do jornalismo português".

"Seria útil a comissão executiva explicar onde está o dinheiro, pois o grupo continua a trabalhar, a vender publicidade, a fazer contratos, a prestar serviços e a vender jornais todos os dias", refere. "As receitas estão a entrar, por isso urge explicar onde está o dinheiro e porque não chega aos trabalhadores nem aos vários fornecedores que quase todos os dias cortam serviços essenciais ao funcionamento dos vários jornais e empresas do GMG", acrescenta.

Na mesma nota, o sindicato apela à Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) para que use todos os mecanismos legais ao seu dispor para travar esta comissão executiva, "em defesa de um dos mais importantes grupos de media em Portugal em nome da pluralidade e da diversidade do jornalismo de que o país não pode prescindir".
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