Simão Sabrosa, que já havia fixado a mais valiosa contratação da história do Benfica, quando deixou o FC Barcelona por 12 milhões de euros, protagoniza agora a mais cara transferência dos "encarnados", para "pesadelo horrível" de Fernando Santos.

Embora falte ainda formalizar o acordo entre Atlético de Madrid e jogador, o que deve suceder ainda hoje, é praticamente certo que a "bandeira" do Benfica nas últimas seis temporadas aposte em nova aventura espanhola, assegurando, aos 27 anos, o contrato da vida, num negócio avaliado em 20 milhões de euros.

Segundo a imprensa de hoje, Simão Sabrosa passará a auferir uma verba mensal na ordem dos 250.000 euros, cerca de o dobro do salário na Luz e que totaliza três milhões de euros por temporada, estando ainda definir se por quatro ou cinco épocas.

Depois de tentar, sem sucesso, a contratação de Ricardo Quaresma, outro jogador com más memórias da passagem pelo FC Barcelona, o Atlético de Madrid conseguiu "desbloquear" o vínculo de Simão Sabrosa com um "cheque" de 20 milhões de euros, mais o passe de dois jogadores "colchoneros".

Dias depois de Fernando Santos ter admitido publicamente que perder Simão Sabrosa seria um "pesadelo horrível", os piores receios do técnico do Benfica confirmaram-se e será bastante difícil encontrar no mercado um jogador à altura do "capitão" do Benfica.

Natural de Constantim, em Vila Real, o provável novo reforço do segundo clube de Madrid começou a dar os primeiros pontapés na bola na Escola Diogo Cão e rapidamente chamou a atenção dos "olheiros" do Sporting, que o desviaram para as "escolas leoninas".

Paulo Futre foi o primeiro "produto" da formação do Sporting a granjear fama no estrangeiro e ainda hoje é considerado um dos melhores jogadores de sempre do Atlético de Madrid, embora tenha sido na altura o FC Porto a receber os dividendos da transferência, pouco depois de se sagrar campeão europeu, em 1987.

Oito anos volvidos, o mercado espanhol voltou a resgatar ao futebol português outra "pérola" de Alvalade, Luís Figo, que rumou ao FC Barcelona em 1995, depois de uma polémica dupla assinatura com Juventus e Parma.

Mais quatro anos depois, chegou a vez de Simão Sabrosa assinar pelo clube catalão, mas a passagem do avançado por Barcelona redundou em dois anos medianos, que motivaram o jogador a regressar a Portugal, mas para o grande rival do Sporting, o Benfica.

A partir da época de 2001/2002, Simão Sabrosa passou a ser um dos indiscutíveis do "onze" benfiquista e é mesmo considerado o principal obreiro do título nacional conquistado em 2005, que encerrou um longo jejum de 11 anos na Luz.

Com mais de meia centena de internacionalizações (55 e 13 golos), Simão Sabrosa deixa o futebol português mais pobre e a Luz em "estado de choque", pois poucos acreditam que, mesmo de "cofres cheios", o Benfica consiga encontrar uma alternativa à altura do mais que provável novo "craque" do Atlético de Madrid.