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Setor dos eventos diz que sem alívio das regras não sobrevive mais 6 meses
Depois de ter anunciado prejuízos de 900 milhões de euros em 2020, o setor dos eventos já cresceu 138% desde abril. A maioria destes profissionais defende a obrigatoriedade de testes à covid-19 à entrada e que os custos sejam suportados pelo Governo.
O sector dos eventos em Portugal está já a dar sinais de recuperação, que desde o início desde abril e até ao fim de maio foi de 138%, anunciou esta segunda-feira a Fixando, depois de consultar 4.600 profissionais do setor e 7.000 clientes da plataforma entre os dias 17 e 23 de junho.
Segundo os dados recolhidos por esta plataforma nacional para a contratação de serviços locais, 45% dos profissionais viram-se obrigados a recorrer a ajuda financeira no último ano devido ao impacto da pandemia, num contexto onde mais de 75% dos profissionais registou quebras acimas dos 75% nos seus lucros.
"Caso a conjuntura se mantenha e as regras não sejam aliviadas, 50% dos negócios não sobreviverá mais de 6 meses", referem os resultados do inquérito.
Do lado dos profissionais do setor, 84% concorda com a obrigatoriedade da realização dos testes e 73% afirma que os custos devem ser imputados ao Governo.
Já do lado os clientes, 72% também concorda com a obrigatoriedade da realização de testes para a participação em eventos, com 69% a acreditar que a medida terá um impacto positivo nas empresas do setor.
No que toca ao suporte dos custos dos testes, 61% dos clientes entende que aqueles devem ser imputados ao Governo e só 17% entende que devem ser os próprios a suportá-los.
"Apenas 38% sentem-se seguros neste momento em participar em eventos familiares, 33% em eventos culturais e 78% afirma que a última vez que participou num evento foi antes da pandemia", adianta a análise da Fixando, que recorda que este setor teve prejuízos de 900 milhões de euros em 2020.