Notícia
Setor do turismo recupera nível global pré-pandemia até final de 2024
Os principais destinos europeus beneficiaram em 2023 das viagens dentro da região, bem como da taxa de câmbio favorável do dólar em relação ao euro, o que favoreceu as visitas dos norte-americanos.
08 de Julho de 2024 às 14:33
A atividade turística terá recuperado globalmente os níveis pré-pandemia até ao final do ano, segundo a OCDE, que num relatório insiste que devem ser procurados modelos mais sustentáveis em termos de impacto ambiental e de envolvimento de todos os afetados.
No relatório publicado na segunda-feira, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) sublinha que as chegadas de turistas internacionais já excederam em 2023 os números de 2019, o ano que precedeu a crise da pandemia, em alguns países, especialmente na Europa.
Em particular, isso ocorreu no Velho Continente em Portugal, que com 19,4 milhões no ano passado recebeu mais 12,1%, mas também em França (mais 7,8%), em Itália (4,4%) ou em Espanha (2%), mas igualmente fora da Europa na Colômbia (33,6%) ou em Marrocos (12,3%).
De um modo geral, os principais destinos europeus beneficiaram em 2023 das viagens dentro da região, bem como da taxa de câmbio favorável do dólar em relação ao euro, o que favoreceu as visitas dos norte-americanos.
Na região da Ásia-Pacífico, a recuperação está a demorar mais tempo, em grande parte porque a reabertura das fronteiras ocorreu mais recentemente, especialmente na China.
Isto explica porque é que em 2023 o volume de visitantes estrangeiros permaneceu muito abaixo do nível de 2019 na Austrália (-24,1%), no Japão (-21,4%) ou na Nova Zelândia (-24%).
As várias crises geopolíticas estão a afetar os fluxos turísticos e a economia do setor. Por exemplo, a invasão russa da Ucrânia deixou muito abaixo do volume pré-pandemia as chegadas de visitantes à Finlândia (-22,3% até ao final de 2023) e a outros países vizinhos da Rússia e da Ucrânia.
Do mesmo modo, os ataques terroristas do Hamas em solo israelita e o conflito em Gaza reduziram as chegadas a Israel em 33,9% no ano passado.
Globalmente, o número de turistas internacionais em todo o mundo em 2022 foi ainda 33% inferior ao registado em 2019. Deve ter-se em conta que em 2020 tinha caído até 72%.
No conjunto da OCDE, enquanto em 2019 o setor do turismo representava 4,4% do Produto Interno Bruto (PIB), 6,9% do emprego e gerava 20,4% das exportações de serviços, em 2020 a sua contribuição para a atividade caiu para 2,5% do PIB.
Dois anos mais tarde, a quota tinha recuperado parcialmente para 3,9%, em média.
Os autores do estudo defendem que, a longo prazo, o turismo continuará a crescer e que isso cria "oportunidades significativas", mas também coloca uma série de desafios que as políticas têm de enfrentar para o tornar mais sustentável e para que os seus benefícios sejam mais amplamente partilhados e ultrapassem os custos.
Tal implica a adaptação a um ambiente em crescente mutação, o envolvimento de todas as partes interessadas numa "visão comum", a diversificação da oferta, a atração de novos mercados e segmentos para destinos emergentes e fora dos períodos de ponta.
No relatório publicado na segunda-feira, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) sublinha que as chegadas de turistas internacionais já excederam em 2023 os números de 2019, o ano que precedeu a crise da pandemia, em alguns países, especialmente na Europa.
De um modo geral, os principais destinos europeus beneficiaram em 2023 das viagens dentro da região, bem como da taxa de câmbio favorável do dólar em relação ao euro, o que favoreceu as visitas dos norte-americanos.
Na região da Ásia-Pacífico, a recuperação está a demorar mais tempo, em grande parte porque a reabertura das fronteiras ocorreu mais recentemente, especialmente na China.
Isto explica porque é que em 2023 o volume de visitantes estrangeiros permaneceu muito abaixo do nível de 2019 na Austrália (-24,1%), no Japão (-21,4%) ou na Nova Zelândia (-24%).
As várias crises geopolíticas estão a afetar os fluxos turísticos e a economia do setor. Por exemplo, a invasão russa da Ucrânia deixou muito abaixo do volume pré-pandemia as chegadas de visitantes à Finlândia (-22,3% até ao final de 2023) e a outros países vizinhos da Rússia e da Ucrânia.
Do mesmo modo, os ataques terroristas do Hamas em solo israelita e o conflito em Gaza reduziram as chegadas a Israel em 33,9% no ano passado.
Globalmente, o número de turistas internacionais em todo o mundo em 2022 foi ainda 33% inferior ao registado em 2019. Deve ter-se em conta que em 2020 tinha caído até 72%.
No conjunto da OCDE, enquanto em 2019 o setor do turismo representava 4,4% do Produto Interno Bruto (PIB), 6,9% do emprego e gerava 20,4% das exportações de serviços, em 2020 a sua contribuição para a atividade caiu para 2,5% do PIB.
Dois anos mais tarde, a quota tinha recuperado parcialmente para 3,9%, em média.
Os autores do estudo defendem que, a longo prazo, o turismo continuará a crescer e que isso cria "oportunidades significativas", mas também coloca uma série de desafios que as políticas têm de enfrentar para o tornar mais sustentável e para que os seus benefícios sejam mais amplamente partilhados e ultrapassem os custos.
Tal implica a adaptação a um ambiente em crescente mutação, o envolvimento de todas as partes interessadas numa "visão comum", a diversificação da oferta, a atração de novos mercados e segmentos para destinos emergentes e fora dos períodos de ponta.