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Semapa recua na procura de parceiro estratégico para Portucel

A Semapa deixou de ter como prioridade a procura de um parceiro estratégico para a Portucel, depois de ter verificado que há soluções de «know-how» dentro do pessoal da fabricante de papel. Queirós Pereira, que falava após o apuramento dos resultados da O

29 de Setembro de 2004 às 17:38
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A Semapa deixou de ter como prioridade a procura de um parceiro estratégico para a Portucel, depois de ter verificado que há soluções de «know-how» dentro do pessoal da fabricante de papel. Queirós Pereira, que falava após o apuramento dos resultados da OPA sobre a Portucel, minimizou ainda a necessidade de desblindar os estatutos daquela empresa.

Pedro Queirós Pereira considera que, actualmente, não é necessário concentrar esforços na procura de um parceiro estratégico para a Portucel. Ao contrário do que inicialmente tinha sido avançado, esta não é, agora, uma das prioridades da Semapa.

«Havia inicialmente a ideia (de encontrar um parceiro estratégico), mas encontrei uma forte capacidade nos recursos humanos que nos oferece toda a segurança em termos tecnológicos. Não precisamos (por isso) de parceiro estratégico, adiantou o presidente da Semapa.

No entanto, acrescentou este responsável, não é de excluir que, no futuro, «venhamos a discutir essa questão».

Queirós Pereira adiantou ainda ter ficado satisfeito com o resultado da OPA, «porque passou a ter o controlo da Portucel».

No apuramento dos resultados da operação, realizado hoje em sessão especial de bolsa e após o fecho do mercado, garantiu 60,4% do capital da Portucel por 361 milhões de euros. Antes da operação, a Semapa [sema] já controlava 30% que lhe tinham sido alienados pelo Estado.

Queiroz Pereira minimiza desblindagem de estatutos

Sobre a blindagem de estatutos, o empresário minimizou a sua existência, reafirmando que o espírito do concurso assenta numa parceria com o Estado.

«Temos a opinião de que não seja uma coisa má e vemos vantagem nisso».

A este propósito Queirós Pereira sublinhou que a desblindagem não é «uma questão essencial», embora tenham que ser acauteladas algumas questões em relação aos pequenos investidores, frisou.

A Portucel tem os estatutos blindados a 25% do capital, o que significa que qualquer accionista com mais de 25% das acções da empresa só pode exercer o direito de voto naquela proporção, precisando de uma maioria de mais de dois terços do capital para eliminar a blindagem.

Na opinião do empresário, a tendência é para que os estatutos da Portucel venham a ser desblindados e, embora não esteja seguro sobre o momento em que tal ocorrerá, o empresário apontou como possibilidade a data de AG anual para aprovação das contas de 2004 e que, normalmente, ocorre no segundo trimestre de cada ano.

As acções da Portucel [PTCl] fecharam nos 1,52 euros, a ceder 1,94% e abaixo dos 1,55 euros oferecidos pela Semapa.

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