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Semapa obtém mais valia de 390 milhões com venda da Enersis

A Semapa vai obter uma mais valia de 390 milhões de euros com a operação de venda da Enersis ao fundo australiano Babcock & Brown. Os dividendos a distribuir aos accionistas estão ainda por definir, disse Pedro Queiroz Pereira, em conferência de impre

16 de Dezembro de 2005 às 20:32
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A Semapa vai obter uma mais valia de 390 milhões de euros com a operação de venda da Enersis ao fundo australiano Babcock & Brown. Os dividendos a distribuir aos accionistas estão ainda por definir, disse Pedro Queiroz Pereira, em conferência de imprensa.

«Preferíamos ter vendido a empresa a portugueses mas a EDP e a Galp, apesar de se mostrarem interessadas, nunca concretizaram nada. Aliás, conversámos com o Governo para integrar o capital da Galp mas o executivo escolheu outro caminho», disse Queiroz Pereira.

A Semapa vai utilizar o encaixe financeiro de 420 milhões de euros da venda da Enersis para reduzir a dívida e alavancar os negócios «core» do grupo nomeadamente na Portucel e Secil, anunciou o presidente da Semapa.

O objectivo é reduzir a dívida dos actuais 700 milhões para cerca de 350 milhões de euros.

«Este valor é completamente aceitável se precisarmos de aumentar a dívida para novos projectos», explicou Queiroz Pereira.

Escusando-se a revelar detalhes sobre os planos futuros da Portucel, o presidente da Semapa admitiu que está a ser ultimado um plano de desenvolvimento estratégico da empresa a longo prazo que deverá estar concluído no primeiro semestre do próximo ano.

O presidente da Portucel, José Honório, afirmou que «é muito redutor pensar que o futoro da Portucel passa apenas por uma máquina, é muito mais vasto do que isso e envolve um investimento várias vezes superior ao que se tem falado para esta máquina (cerca de 500 milhões)».

A empresa está neste momento a estudar se avança com este investimento estruturante em Portugal ou no mercado externo. Questionados pelos jornalistas, os responsáveis limitaram-se a dizer que «já recebemos propostas muito simpáticas de outros países mas não podemos dizer quais».

Já a Secil tem em curso um plano de investimentos para reforçar a capacidade de produção em cerca de 30 ou 40% ao longo do próximo ano prevendo chegar às 300 mil toneladas anuais.

Fora de Portugal, a Secil vai começar em Janeiro a reformular as instalações de uma fábrica que acaba de adquirir em Angola que deverá começar a produzir dentro de dois anos.

O objectivo da Semapa como accionista é que esta unidade fabril venha a produzir um milhão e meio de toneladas no médio prazo. Só nesta primeira fase vão ser investidos cerca de 80 milhões de dólares que vão permitir a produção de cerca de 500 mil toneladas por ano.

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