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Sánchez confirma Governo espanhol pode adiar decisão sobre Hidrocantábrico para Setembro (act.)
Francisco Sánchez, presidente da EDP, confirmou hoje ter recebido a informação «informal» de que o Governo espanhol poderá adiar para Setembro uma decisão sobre o levantamento dos direitos de voto da eléctrica nacional na Hidrocantábrico.
«Não tenho nenhuma informação oficial, mas recebi uma informação informal de que (o Governo espanhol) poderia prorrogar a avaliação do processo até Setembro», afirmou Francisco Sánchez, à margem da cerimónia de assinatura de um protocolo entre a EDP e os CTT.
O Governo espanhol suspendeu os direitos de voto correspondentes à participação da EDP [EDP] na Hidrocantábrico, correspondentes a 19,2% do capital da quarta eléctrica espanhola, no dia 7 de Maio.
«Naturalmente que gostaríamos que a situação da Hidrocantábrico estivesse completamente resolvida», afirmou Sanchéz, referindo, que caso se confirme o alargamento do prazo, os accionistas da empresa, entre as quais a EDP, vão continuar a trabalhar em conjunto, visando a gestão da quarta maior eléctrica espanhola.
O presidente da EDP referiu, no entanto, a necessidade de aguardar por uma comunicação oficial do Governo espanhol sobre esta matéria, o que ainda não sucedeu.
A legislação do país vizinho prevê que as empresas com capitais públicos não podem exercer os direitos de voto correspondentes a participações superiores a 3% em eléctricas espanholas, uma disposição que abrange a EDP, controlada em mais de 30% pelo Estado português.
A lei espanhola estipula um prazo de três meses para que o Executivo do país vizinho se pronuncie em definitivo sobre esta matéria, pelo que, a ser cumprido esse prazo, a decisão de Madrid sobre o levantamento ou não da referida suspensão teria de ser tomada até 7 de Agosto.
No entanto, a imprensa espanhola de hoje noticiou que o Governo espanhol se prepara para alargar este prazo até ao mês de setembro, uma informação que fonte oficial do Ministério da Economia espanhol, contactada pelo Negocios.pt, se escusou a confirmar.
Na semana passada, o ministro da Economia nacional, Braga da Cruz, afirmou que o Governo português continua a desenvolver contactos com o Executivo de Madrid, no sentido de tentar desbloquear a questão do exercício dos direitos de voto da EDP na Hidrocantábrico.
As acções da EDP encerraram a cotar nos 3,02 euros (605 escudos), a ganhar 0,67%.