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Salários nas filiais estrangeiras são 40% superiores à média em Portugal

Em 2015 o número de filiais de empresas estrangeiras em Portugal diminuiu 1,6%. Porém, o número de trabalhadores destas empresas cresceu 4,1% e o valor acrescentado bruto aumentou 24,8% com a compra da PT pela Altice.

Compra da PT pela Altice impulsiona valor acrescentado bruto das filiais estrangeiras
Sara Ribeiro sararibeiro@negocios.pt 02 de Dezembro de 2016 às 13:20

No ano passado existiam 6.239 filiais estrangeiras presentes em Portugal, um número que representa uma redução de 1,6% face a 2014, de acordo com os dados do INE divulgados esta sexta-feira, 2 de Dezembro.

Apesar do número de empresas controladas por uma unidade não residente em Portugal ter diminuído, o número de trabalhadores aumentou. Em 2015 estas filiais somavam quase 406 mil funcionários, "15,1% do pessoal ao serviço das sociedades não financeiras" e um aumento de 4,1% em comparação com o ano anterior. "Em média, cada filial estrangeira empregava 65 pessoas, mais 3 que em 2014", detalha o INE.

Além de aumentar o número de trabalhadores, as estatísticas do INE também concluíram que a média salarial é superior às restantes empresas não financeiras. "A remuneração média das filiais estrangeiras a operar em Portugal foi de 18,5 mil euros por trabalhador no ano passado, um valor superior ao verificado no total das sociedades", que se situou em 13,2 mil euros, segundo o mesmo documento. Ou seja, em média, as remunerações destas filiais são cerca de 40% superiores.

Compra da PT impulsiona valor acrescentado bruto

Do total das filiais estrangeiras em Portugal, mais de 75% eram controladas por empresas sedeadas em Estados-membros da União Europeia com Espanha, França e Alemanha a continuarem a ocupar o Top3 "em termos de número de empresas, VAB (Valor Acrescentado Bruto) e pessoal ao serviço".

No conjunto, o VAB destas empresas aumentou 11,9% para 18,3 mil milhões de euros. Este crescimento registado em 2015 "reflectiu, em larga medida, a aquisição por uma multinacional europeia de uma empresas de grande dimensão, do sector das telecomunicações", sublinha o INE referindo-se, apesar de não referir nomes, à compra da PT pela Altice.

Em 2015, mais de 80,5% do número e 79,0% do VAB gerado pelas filiais estrangeiras corresponderam a empresas de grupos do Velho Continente, seguindo-se o continente americano com14,2% das filiais e 15,7% do VAB.

Aliás, "entre os cinco países mais importantes no VAB, apenas os Estados Unidos não eram do continente europeu". O país de origem do controlo de capital com maior peso em termos de número de filiais foi a Espanha com 24,3%. Já em termos de VAB, o país predominante foi a França, com mais de 4,5 mil milhões de euros (25,2%), ultrapassando a Espanha que era líder em 2010. "Por outro lado, o Reino Unido apresentou uma diminuição média de 4,9% no período referido".

 

"Apenas três países (Alemanha, França e Espanha) foram responsáveis por 54,7% do total do VAB gerado por filiais de empresas estrangeiras", detalha o INE.

 

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