Notícia
Remuneração de Horta Osório contestada hoje em Assembleia Geral do Lloyds
Dois grupos accionistas do Lloyds Banking Group vão questionar o banco, na Assembleia Geral anual, sobre a remuneração que foi definida para o novo CEO, António Horta Osório.
O Lloyds Banking Group, que anunciou em Novembro passado que o banco passaria a ser presidido por António Horta Osório a partir de 1 de Março, vai estar sob escrutínio dos seus accionistas na AG de hoje no que diz respeito ao pacote salarial definido para o novo CEO.
É que o valor do acordo de base, que ascende a 15,3 milhões de euros (em salário base, bónus, compensações e contribuições para o plano de pensões), é considerado excessivo por vários accionistas do banco, que no ano passado recebeu ajudas públicas, refere o “The Guardian”. Os contribuintes britânicos são, aliás, o maior accionista do Lloyds neste momento.
A Associação de Seguradoras Britânicas (ABI), cujos membros controlam entre 15% e 20% da bolsa britânica, emitiu um alerta em relação ao pacote salarial, ao passo que a Pirc recomendou que o relatório de remunerações do Lloyds fosse chumbado, sublinha a mesma fonte.
Ambos os grupos accionistas chamaram também a atenção para o facto de não terem sido divulgados os objectivos de desempenho para os planos de incentivos de longo prazo, “o que significa que os investidores votarão planos, na AG, sem estarem a par de todos os detalhes”, relata o jornal britânico.
A Pirc salientou que António Horta Osório recebeu acções correspondentes a 420% do seu salário de base para integrar o banco e mostrou-se preocupada com esta situação, “especialmente depois de um ano em que o banco reportou perdas”.
Com efeito, o pacote de 15,3 milhões de euros (13,4 milhões de libras) inclui seis milhões de libras de acções pela sua entrada no banco; uma série de pagamentos que serão realizados ao longo dos próximos três anos e que poderão ascender a 4,6 milhões de libras, bem como um plano de pensões no valor anual de 800.000 libras (o dobro daquilo que é normalmente recebido pelos executivos do banco) para os próximos cinco a seis anos, destaca o “New Statesman”.
O salário de Horta Osório foi fixado em 1,06 milhões de libras por ano, ao passo que os bónus poderão ascender a um máximo de 2,4 milhões de libras. O seu contrato inclui também um plano de incentivos de longo prazo que poderá quadruplicar o seu salário para perto de 4,5 milhões de libras.
Futuro da Scottish Widows também está em debate
De acordo com o “The Guardian”, os accionistas também estão preparados para “cilindrar” o conselho de administração no que respeita ao futuro da Scottish Widows, subsidiária do banco.
A empresa, que opera no ramo vida e de gestão de activos e que tem sede em Edimburgo, foi comprada pelo Lloyds em 1999, por sete mil milhões de libras. No entanto, relembra o jornal, tem havido uma crescente especulação de que Horta-Osório vê esta empresa como “não-core” e que pretende vendê-la.
A Assembleia Geral de hoje ocorre dois meses depois da publicação do relatório intercalar da comissão independente do Reino Unido para a banca, que referiu que a venda prevista de 600 balcões do Lloyds – conforme acordado com os reguladores europeus – ainda não tinha avançado o suficiente.
No início de Novembro passado, quando o Lloyds anunciou a contratação de Horta Osório, as suas cotações ganharam terreno.Com efeito, a reacção dos analistas foi de agrado e os mercados saudaram esta nomeação com um movimento altista no Lloyds, ao passo que penalizaram o Santander – de onde Horta Osório saiu. O gestor português presidia à sua britânica do Santander, cuja expansão liderara nos últimos dois anos.
Recorde-se que, em Dezembro de 2008, Horta Osório foi considerado pelo jornal “City AM & CMC Markets” o terceiro homem mais influente do centro financeiro de Londres (a City), numa lista com 100 nomes. Além disso, desde 2009 que integra o Banco de Inglaterra como administrador não-executivo.
Horta Osório – que disse que a aceitação do novo cargo se prendia também com a vontade da sua família de viver em Londres - substituiu Eric Daniels no cargo de CEO do Lloyds a 1 de Março.
Depois de uma passagem pelo Citibank Portugal e pela Goldman Sachs, o gestir integrou o Santander em 1993, como CEO do Banco Santander de Negócios Portugal. Desde 2006 que estava no Santander UK.
É que o valor do acordo de base, que ascende a 15,3 milhões de euros (em salário base, bónus, compensações e contribuições para o plano de pensões), é considerado excessivo por vários accionistas do banco, que no ano passado recebeu ajudas públicas, refere o “The Guardian”. Os contribuintes britânicos são, aliás, o maior accionista do Lloyds neste momento.
Ambos os grupos accionistas chamaram também a atenção para o facto de não terem sido divulgados os objectivos de desempenho para os planos de incentivos de longo prazo, “o que significa que os investidores votarão planos, na AG, sem estarem a par de todos os detalhes”, relata o jornal britânico.
A Pirc salientou que António Horta Osório recebeu acções correspondentes a 420% do seu salário de base para integrar o banco e mostrou-se preocupada com esta situação, “especialmente depois de um ano em que o banco reportou perdas”.
Com efeito, o pacote de 15,3 milhões de euros (13,4 milhões de libras) inclui seis milhões de libras de acções pela sua entrada no banco; uma série de pagamentos que serão realizados ao longo dos próximos três anos e que poderão ascender a 4,6 milhões de libras, bem como um plano de pensões no valor anual de 800.000 libras (o dobro daquilo que é normalmente recebido pelos executivos do banco) para os próximos cinco a seis anos, destaca o “New Statesman”.
O salário de Horta Osório foi fixado em 1,06 milhões de libras por ano, ao passo que os bónus poderão ascender a um máximo de 2,4 milhões de libras. O seu contrato inclui também um plano de incentivos de longo prazo que poderá quadruplicar o seu salário para perto de 4,5 milhões de libras.
Futuro da Scottish Widows também está em debate
De acordo com o “The Guardian”, os accionistas também estão preparados para “cilindrar” o conselho de administração no que respeita ao futuro da Scottish Widows, subsidiária do banco.
A empresa, que opera no ramo vida e de gestão de activos e que tem sede em Edimburgo, foi comprada pelo Lloyds em 1999, por sete mil milhões de libras. No entanto, relembra o jornal, tem havido uma crescente especulação de que Horta-Osório vê esta empresa como “não-core” e que pretende vendê-la.
A Assembleia Geral de hoje ocorre dois meses depois da publicação do relatório intercalar da comissão independente do Reino Unido para a banca, que referiu que a venda prevista de 600 balcões do Lloyds – conforme acordado com os reguladores europeus – ainda não tinha avançado o suficiente.
No início de Novembro passado, quando o Lloyds anunciou a contratação de Horta Osório, as suas cotações ganharam terreno.Com efeito, a reacção dos analistas foi de agrado e os mercados saudaram esta nomeação com um movimento altista no Lloyds, ao passo que penalizaram o Santander – de onde Horta Osório saiu. O gestor português presidia à sua britânica do Santander, cuja expansão liderara nos últimos dois anos.
Recorde-se que, em Dezembro de 2008, Horta Osório foi considerado pelo jornal “City AM & CMC Markets” o terceiro homem mais influente do centro financeiro de Londres (a City), numa lista com 100 nomes. Além disso, desde 2009 que integra o Banco de Inglaterra como administrador não-executivo.
Horta Osório – que disse que a aceitação do novo cargo se prendia também com a vontade da sua família de viver em Londres - substituiu Eric Daniels no cargo de CEO do Lloyds a 1 de Março.
Depois de uma passagem pelo Citibank Portugal e pela Goldman Sachs, o gestir integrou o Santander em 1993, como CEO do Banco Santander de Negócios Portugal. Desde 2006 que estava no Santander UK.