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Reditus passa de perdas a lucros em 2019
A tecnológica encerrou o ano passado com um resultado líquido de 49 mil euros, contra prejuízos de 3 milhões em 2018.
A Reditus reportou lucros de 49.151 euros em 2019, contra perdas de 3,05 milhões um ano antes, sublinha a empresa no seu relatório e contas divulgado na CMVM.
Segundo a empresa liderada por Francisco Santana Ramos (na foto), este resultado foi influenciado positivamente por uma política de racionalização da despesa, nomeadamente com os encargos com o pessoal, fornecimento e serviços externos e encargos financeiros.
Já os proveitos operacionais diminuíram em 24,8 %, ascendendo a 24,39 milhões de euros, contra os 32,44 milhões de euros do período homólogo.
"Esta contração dos proveitos resulta duma diminuição nos três segmentos de atividade da empresa, fruto da estratégia definida em desenvolver projetos de maior valor acrescentado", explica.
Na área internacional, os proveitos no ano de 2019 registaram um decréscimo de 34,8% face a 2018, diminuindo o seu peso relativamente aos proveitos globais do grupo, de 41% para 35%.
Com um volume de negócios a superar os 8,5 milhões de euros, este continua a refletir a aposta da Reditus nos seus negócios nas geografias internacionais e a sustentabilidade dos projetos de longa duração na área de ITC e ITO.
Mas, apesar da retoma da economia e os bons resultados operacionais do grupo, o final do ano apresentou novos desafios. O aparecimento do surto pandemiológico covid-19 no final do ano, veio "refrear as expetativas elevadas desta Administração para o ano 2020", diz a empresa.
Por seu lado, o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) foi de 4 milhões de euros, contra 4,5 milhões em 2018. Apesar da diminuição em termos absolutos, este valor reflete uma margem EBITDA de 16,3%, representando 2,4 pontos percentuais acima do valor registado em 2018 e 4,7 p.p. relativamente a 2017, destaca.
"Sendo adequado a utilização do pressuposto da continuidade na preparação das demonstrações financeiras, a Administração considera que: i) o elevado nível de endividamento bancário e; ii) o atraso continuado no repatriamento de divisas do mercado africano, limitou nos exercícios de 2018 e 2019 a liquidez de tesouraria, para o cumprimento atempado das suas obrigações", refere o documento, acrescentando que as demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da sociedade em continuidade.
"A Administração, com base na informação disponível à data sobre o futuro da sociedade, entende que a sociedade tem capacidade de prosseguir em continuidade, tendo os recursos necessários ao desenvolvimento da sua atividade", sublinha o relatório da empresa.
A Reditus tem vindo a tomar medidas para limitar o impacto da cobid-19 na sua atividade e diz conseguir "assegurar a prestação dos serviços a todos os seus clientes, não se prevendo uma alteração significativa no ritmo de trabalho nem na rentabilidade das operações".
A expectativa do grupo para o próximo ano é a de continuar ativamente à procura de novas oportunidades no mercado internacional bem como de projetos de Nearshore.
No final do ano de 2019, a dívida bancária líquida (inclui empréstimos, passivos por locação financeira, deduzido da caixa e equivalentes) foi de 58,8 milhões de euros, valor que compara com 59,2 milhões de euros registados no final de 2018 – ou seja, teve uma redução de 0,7%.