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Receitas dos casinos portugueses caíram 5,3% no semestre

Nos últimos anos, os casinos portugueses viram o seu negócio deteriorar-se. A crise económica afectou severamente esta actividade.

Bloomberg
21 de Agosto de 2014 às 18:32
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As receitas de jogo geradas durante o primeiro semestre de 2014, pelos casinos portugueses, ascenderam a 127 milhões de euros, menos 5,3% do que o registado no homólogo.

 

A maior concessionária do país, a Estoril-Sol, acompanhou a tendência no primeiro semestre do ano. Assim, as receitas do jogo da empresa de Stanley Ho em Portugal registaram uma quebra de 6,3 milhões de euros, para os 81,6 milhões de euros.

 

A concessionária compensou um pouco esta quebra, com o crescimento das receitas noutras áreas de negócio. As demais receitas operacionais, restauração e animação, apresentam um crescimento de 13% tendo totalizado 3,2 milhões de euros.

 

Os prejuízos da Estoril-Sol ficaram-se nos 1,9 milhões de euros, com uma redução de custos de 0,4%. No seu relatório e contas, a Estoril-Sol refere que apesar desta quebra, "a taxa efectiva de imposto suportada pelo Grupo passou de 53% para 54%".

 

"Esta situação incompreensível que atinge praticamente todas as concessões de jogo existentes em Portugal deriva do clausulado dos contratos de concessão celebrados com o Estado, e cuja revisão tem vindo a ser insistentemente pedida, mas sem sucesso até à data", refere a mesma fonte.

 

Quanto ao passivo, a Estoril-Sol refere que "o passivo financeiro do grupo que, em 30 de Junho de 2014, totaliza 100 milhões de euros, evidencia uma estabilização face aos valores apresentados a 31 de Dezembro de 2013".

 

"Esta evolução, previsível, decorre do ciclo normal de exploração e de financiamento do Grupo, sendo os primeiros meses de cada exercício penalizados em virtude das necessidades extraordinárias de Tesouraria relacionadas com o pagamento das contrapartidas anuais do imposto especial de jogo, que ocorrem sempre em Janeiro de cada ano", acrescenta a mesma fonte.


A empresa espera, até ao final do ano, reduzir o seu passivo, caso nada de extraordinário ocorra.

 

No que concerne ao futuro, a Estoril-Sol prevê "ainda que em grau e prazo indefinidos, a continuação da quebra de actividade de todos os casinos portugueses e, consequentemente, dos casinos explorados pelo Grupo Estoril Sol, por força da prolongada diminuição das respectivas receitas, facto que, só por si, evidencia o flagrante desequilíbrio económico financeiro dos contratos de concessão negociados com o Estado, todos eles assentes, até ao seu término, no pressuposto de um crescimento anual de receitas".

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