O presidente do Grupo PT admitiu hoje, em entrevista ao Jornal Nacional da TVI, que a operadora portuguesa poderá mesmo sair da Vivo: "Queremos permanecer no Brasil, na Vivo ou noutra operação alternativa" adiantou Henrique Granadeiro, que adiantou porém que irá procurar uma solução pacífica para o problema chamado Telefónica.

"Sou um negociador nato" adiantou Henrique Granadeiro, sublinhando que "até ao fim há sempre espaço para negociar" uma solução que agrade tanto à PT como aos espanhóis da Telefónica. "Não temos mais poder do que eles na Vivo, nem eles têm mais que nós" adiantou.

Sobre as críticas lançadas pelo Banco Espírito Santo à Telefónica, o presidente da PT adiantou que o "BES tem direito às suas deliberações", mas que ainda não chegou a altura de fazer a sua própria análise à atitude dos espanhóis. "A minha análise só será feita depois da Telefónica ter tempo para tirar as consequências do desalinhamento estratégico que assumiu ao votar pela ‘desblindagem’ da PT" referiu.

O líder da operadora portuguesa reconheceu que a resolução da parceria com a Telefónica na Vivo pode, porém, não ser pacífica. "Não sei como se resolve um problema de 50%" disse, referindo que a PT "vai com certeza procurar uma solução que seja do agrado de ambas as empresas".