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Quem são os administradores da Carris/Metro?

O Governo nomeou esta quinta-feira a administração conjunta da Carris e do Metro de Lisboa, que será liderada por Silva Rodrigues. Pedro Bogas, Luís Barroso e Maria Manuela Figueiredo são os outros elementos. Veja quem são os novos administradores e quanto vão ganhar

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José Silva Rodrigues é o histórico presidente da Carris e vai acumular, agora, as administrações desta empresa de transportes rodoviários e do metropolitano de Lisboa. Licenciado em Economia em Lisboa, Silva Rodrigues está desde Fevereiro de 2003 na liderança da Carris. Já vai no terceiro mandato consecutivo, mas já antes, em 1995 e 1996, tinha presidido à empresa de transportes.

Entre os dois períodos de presidência da Carris, Silva Rodrigues foi administrador da CP (entre 1996 e 1998) e de empresas do grupo Media Capital (entre 1999 e 2001).

Exerce cargos públicos desde que terminou a licenciatura. Foi economistas de diversas organizações da Administração Pública entre 1973 e 1981, assumindo neste último ano a função de adjunto nos ministérios das Finanças e do Plano. Em 1982 e 1983 foi secretário geral da Associação Comercial de Lisboa, para em 1983 assumir a direcção da Rodoviária Nacional e membro do conselho fiscal do IPE - Investimentos e Participações do Estado. Entre 1986 e 1989 foi administrador da Air Portugal Tours e da RN Tours, passando em 89 para o Instituto de Emprego e Formação Profissional. Entre 1991 e 1995 foi director-geral de Transportes Terrestres.

Silva Rodrigues assume agora a presidência das administrações da Carris e do Metro de Lisboa, às quais se juntarão mais três elementos. Silva Rodrigues é o único que transita para a nova administração da Carris e do Metro de Lisboa.

Pedro Gonçalo Bogas assumirá um cargo de vogal da Carris e do Metro. Estava desde 22 de Julho do ano passado como adjunto de Sérgio Monteiro, secretário de Estado dos Transportes. Foi requisitado à Refer, onde era director-geral, acumulando com a direcção de recursos humanos. De Janeiro a Julho de 2011 acumulou, ainda, com um cargo de administrador não executivo da Refertelecom. Estava na Refer desde Setembro de 2009.

Anteriormente, tinha estado na administração do Metro de Lisboa, nomeado pelo anterior Governo. Esteve em funções no Metro de 2006 a 2009.

Licenciado em direito, Pedro Bogas foi, durante cerca de 10 anos, advogado, tendo passado a sócio, da sociedade de advogados Ferreira Pinto & Associados, actualmente integrada na Sérvulo & Associados.

Segundo apurou o Negócios, terá agora como desafio a harmonização dos acordos de empresas da Carris e do Metro de Lisboa.

Para a área financeira foi nomeada Maria Manuela Figueiredo, licenciada em Economia e com uma pós-graduação em gestão de recursos humanos. Estava desde Março deste ano no apoio de gestão da direcção-geral de Desenvolvimento da Rede da Refer, onde anteriormente já tinha estado na parte do imobiliário, no departamento de gestão e valorização da direcção de Património, nos recursos humanos, na área administrativa e financeira do projecto travessia Norte-Sul. Também na CP, antes de ingressar na Refer, teve o pelouro dos recursos humanos.

Antes de entrar no sector dos transportes, esteve na Lacticer, na Telaplas e no desenvolvimento de programas de formação profissional na área de gestão administrativa e financeira para deficientes junto do IEFP.

Luís Carlos Barroso é, desde Junho de 2009, administrador da APL - Administração do Porto de Lisboa, nomeado pelo anterior Governo. Também nas legislaturas de José Sócrates, Luís Carlos Barroso foi adjunto da secretaria de Estado dos Transportes, "assessorando em todas as matérias económico-financeiras relacionadas com o Gabinete (empresas na área marítima-portuária, ferroviária, fluvial, rodoviária, institutos públicos, Orçamento do Estado, Fundos Comunitários, PPP)", lê-se no seu curriculum.

Mas foi na função anterior que conheceu o actual secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro. Luís Carlos Barroso esteve, de 2000 a 2007, na Caixa - Banco de Investimentos, onde em 2001 foi subdirector na direcção de serviços financeiros e de PME, para em 2005 assumir a função de director-adjunto na direcção corporate finance da Caixa BI.

Chegou à Caixa, pela integração no universo do banco público do Banco Nacional Ultramarino, onde esteve de 1992 a 2000. Antes, e desde que terminou a licenciatura em gestão, foi assistente na Universidade Lusíada.

Quanto vão ganhar os novos administradores?
A administração da Carris e do Metropolitana de Lisboa vai ser partilhada até à fusão das duas companhias que o Governo pretende concretizar até ao final do ano.

Com esta administração partilhada, vai poupar-se em remunerações. Actualmente, os 10 administradores da Carris e do Metro de Lisboa representam um encargo de 816 mil euros anuais, sendo 651 mil euros em vencimentos. Estes 10 administradores ainda representam um gasto de 132 mil euros com as viaturas e 33 mil euros com combustíveis.

Agora, com apenas quatro administradores, a remuneração salarial situar-se-á nos 268 mil euros. Ou seja, só em salários a partilha da administração representa uma poupança de 383 mil euros. Se juntarmos a este valor, os gastos com viaturas e gasolina - que passará para os 43,2 mil e 10,8 mil euros, respectivamente), a poupança total atingirá os 494 mil euros.

De acordo com o que está fixado, segundo apurou o Negócios, o presidente da administração, Silva Rodrigues vai receber 5.722,74 euros por mês, mais 1.503,26 euros de despesa de representação, num total de 7.226 euros. Já os restantes elementos receberão 4.578,19 euros de vencimento mensal, mais 1.728,81 euros de despesas.

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