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Quem é o grupo Ángeles que está interessado na Espírito Santo Saúde?
Um grupo empresarial, com presença na saúde mas também no turismo e na comunicação social, quer comprar a dona do Hospital da Luz. Há dias, o presidente Olegario Vázquez Aldir afirmou que entrar na Europa era plano para o "médio prazo".
Um grupo empresarial totalmente mexicano com origens há mais de 40 anos. Assim se assume, no sítio oficial, o Ángeles, que estará interessado em adquirir uma posição de controlo na Espírito Santo Saúde. Além da área da saúde, os mexicanos estão também presentes no turismo, na área da comunicação social e ainda nas finanças.
No segmento da saúde, o grupo empresarial opera sob o Grupo Ángeles Serviços de Saúde. Este último está em processo de internacionalização. Ainda numa entrevista concedida à Líderes Mexicanos, citada pelo Dinero en Imagen a 15 de Agosto, o director-geral do grupo, Olegario Vázquez Aldir, afirmou que "ampliará a rede de hospitais dentro do México e, a médio prazo, transporá as fronteiras da América Central, da América do Sul e da Europa".
Apesar do interesse em internacionalizar-se, o foco das mensagens da presidência está virado para o mercado mexicano. "O Grupo Empresarial Àngeles antecipa-se aos tempos para marcar a diferença e, o que é mais importante, ao gerar sempre valor para os investidores, clientes, fornecedores e colaboradores, contribui todos os dias para construir o México que todos ansiamos", aponta a mensagem oficial assinada pelo presidente executivo Olegario Vázquez Aldir, filho do presidente do conselho de administração, Olegario Vázquez Raña.
O interesse do grupo Ángeles na empresa portuguesa já vem sido referido há alguns dias pelo Diário Económico. Uma informação que parece confirmar-se, esta terça-feira, com o lançamento de uma oferta pública de aquisição, noticiado pelo mesmo jornal. Uma informação que ainda aguarda informação oficial.
Mais de 15.000 médicos especializados, mais de 12.700 colaboradores, 28 unidades hospitalares, 3.324 consultórios e 55 ramos de especialidade são alguns dos números que compõem este grupo que quer, segundo noticiado, entrar em Portugal. O grupo indica que presta serviços médicos e hospitalares a mais de 1 milhão de pessoas por ano e atende, em consultas externas, perto de 5 milhões de pessoas.
Sobre o futuro, e na mesma entrevista, Vázquez Aldir afirmou que a "prestação de serviços médicos privados terá um papel muito importante, sem substituir os serviços públicos, apenas a complementá-los".