No comunicado divulgado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, esta quinta-feira à noite, a ESFG identifica seis irregularidades cuja gravidade obrigou à tomada de várias medidas para acautelar uma "situação patrimonial fortemente negativa" da sociedade, na sequência da segunda fase da auditoria limitada efectuada às suas contas. 

Em causa estava, sobretudo, a não contabilização de 1.200 milhões de euros de dívida que, por não estar registada nas contas da ES International, resultou numa insuficiência de capitais próprios

Entre as seis irregularidades, destacam-se a "não contabilização de passivos financeiros de elevada dimensão", a "sobrevaloriozação de activos" e ainda "transacções cuja forma não corresponde à respectiva substância". 

No comunicado, lê-se que "em resultado da Auditoria (...), foram identificadas irregularidades materialmente relevantes nas demonstrações financeiras da ESI, pondo em causa a completude e veracidade dos seus registos contabilísticos".

Essas irregularidades consistem, segundo o mesmo documento, "na não preparação de contas consolidadas, não contabilização de passivos financeiros de elevada dimensão, sobrevalorização de activos, não reconhecimento de provisões para riscos e contingências diversas, suporte inadequado de registos contabilísticos e transacções cuja forma não corresponde à respectiva substância". 

A situação patrimonial "fortemente negativa" da ESI obrigou à "necessidade de constituição de uma provisão de valor não inferior a 700 milhões de euros", apurada na primeira fase da auditoria, um valor que foi confirmado na segunda fase agora comunicada.