As novas tarifas da Portugal Telecom (PT) terão um impacto negativo de 84,7 milhões de euros (17 milhões de contos), ou seja, de 5,2% nas receitas de 1,6 mil milhões de euros (329,2 milhões de contos) do serviço fixo.

Segundo o «Diário Económico» o tarifário para o próximo ano do serviço fixo, resultou de uma descida global, em termos reais, de 8%, enquanto que a maior subida nominal de 6,7% deu-se nas assinaturas.

Carlos Antunes, administrador da PT, em declarações ao mesmo diário, explica que esta é a rubrica em que o défice da PT é mais alto, ou seja, na ordem dos 20%. O rebalanceamento fez-se sentir com a subida de 2,1% nas chamadas locais, para uma inflação estimada de 2%. As chamadas regionais tiveram uma redução de 1,9%, tendo as maiores descidas sido verificadas nas chamadas interurbanas e internacionais, abertas ao acesso indirecto a partir de Janeiro.

Para Carlos Antunes, esta foi uma decisão comercial, uma vez que é postura da PT, em termos de políticas de preços «não ir a reboque», salientando ainda que «não é pelo preço que a concorrência nos vai tirar quota de mercado».

A PT pretende também, através deste novo tarifário «atacar em termos comerciais o mercado móvel», uma vez que ficará sem as receitas fixo-móvel. Também aqui a PT pretende conseguir compensar a quebra de receitas com as novas tarifas