Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

PT defende desregulamentação do acesso em fibra óptica

A Portugal Telecom defendeu hoje a desregulamentação total do acesso em fibra óptica, à luz do que a Deutsche Telekom está a analisar com o governo alemão e que já existe no mercado norte-americano. A decisão sobre a separação, ou não, da divisão das área

18 de Julho de 2006 às 18:47
  • ...

A Portugal Telecom defendeu hoje a desregulamentação total do acesso em fibra óptica, à luz do que a Deutsche Telekom está a analisar com o governo alemão e que já existe no mercado norte-americano. A decisão sobre a separação, ou não, da divisão das áreas retalhista e grossista da operadora de telecomunicações deverá ser conhecida dentro de um mês ou dois.

Numa conferência de imprensa hoje realizada pela Portugal Telecom, os responsáveis da operadora de telecomunicações defendeu como "grande desafio estrutural do sector" a "massificação de uma infra-estrutura de banda larga de muito elevado débito e de cobertura nacional". Por outras palavras, a PT quer colocar 250 a 100 Mbps nos lares portugueses".

Ora para realizar tal objectivo, existem "investimentos avultadíssimos", na ordem dos milhares de milhões de euros, a fazer no desenvolvimento de uma rede de fibra no acesso local. Para suportar tais custos, os operadores necessitam de ter garantias, e as mesmas passam por rentabilizá-los em mercado livre.

No quadro da desregulamentação total, ceder a utilização a outros operadores intermédios, que não tenham investido na rede, e os preços a cobrar passam assim a ser alvo de negociação entre os agentes, e não pré-determinados pela entidade reguladora, esclareceram Henrique Granadeiro e Rodrigo Costa, presidente e vice-presidente da PT, respectivamente.

A discussão toma maior relevância agora, porque actualmente Berlim está a discutir tal hipótese, que, caso seja aceite na maior economia europeia, deverá seguir de exemplo à restante União.

Ambos escusaram-se a avançar o investimento necessário à modernização e reforço da rede que permita concretizar os objectivos da PT. No entanto, Henrique Granadeiro adiantou que este será um investimento que "é impossível não se fazer". Todavia, segundo explicou Henrique Granadeiro, a questão ainda não foi levantada pela PT nem ao Governo nem à Anacom.

Decisão à vista

Nos próximos 30 a 60 dias deverá ser conhecida a decisão da Portugal Telecom sobre a sua eventual divisão das redes retalhista e grossista, que aliás funcionam já de forma autónoma dentro do grupo, explicou Rodrigo Costa.

Um decisão que poderá ser tomada somente depois de ouvido o regulador e mesmos os operadores concorrentes. A PT está a "avaliar as hipóteses que existem" para tomar a "opção certa", tendo em conta factores de concorrência, "que proteja os accionistas" e o "enquadramento laboral": são oito mil postos de trabalho, distribuídos de forma equitativa entre directos e indirectos.

Outras Notícias
Publicidade
C•Studio