Notícia
PT "antiga" está a passar cada vez mais à história
"Vamos lá" foi a última assinatura da marca TMN que termina 23 anos depois de ter sido criada
A Portugal Telecom continua a afastar-se da herança de empresa pública e monopolista que foi. E é cada vez mais uma empresa "pós-chegada-de-Zeinal", o gestor que transformou o grupo e que o conduziu à fusão com a Oi. A PT Portugal, empresa que tem a missão operacional, passou a ter administradores apenas da era Zeinal. E ontem anunciou-se outro passo. A TMN vai acabar. Passa a ser Meo, uma marca criada em 2008 para o serviço de televisão da PT, depois de ter ficado sem a TV Cabo.
Foi há um ano, no mesmo Pavilhão Atlântico (agora redenominado Meo Arena), que Zeinal Bava apresentava o M4O, o produto convergente da PT sob a marca Meo. E há um ano (a 11 de Janeiro de 2013) garantia: "Não temos intenção de acabar com nenhuma marca comercial". Um ano depois, a 27 de Janeiro de 2014, anuncia o fim da marca TMN, dizendo Zeinal Bava que esta uniformização estava a ser preparada há um ano.
Esta simplificação é mais do que escolher duas marcas da panóplia que tínhamos.
O cliente não tem de fazer nada com esta migração da TMN para Meo. Fica tudo na mesma [no serviço].
Zeinal Bava
Presidente da PT Portugal
Mimo que permitiu que os telemóveis se massificassem em Portugal. Apesar do fim da marca, Zeinal Bava, presidente da PT Portugal, fez questão de salientar: "A TMN não acaba, ganha uma nova vida que se passa a chamar Meo, com uma oferta integrada voz, vídeo e dados". Esta é uma transformação desenvolvida por Bava que permitiu travar a queda no fixo e apostar nos dados, em particular no móvel.
O início deste ano já tinha trazido uma nova estrutura à PT Portugal, que ficou com apenas seis administradores. Zeinal Bava mantém a presidência executiva desta "subholding" – que depois da fusão substituirá a "holding" PT SGPS que será extinguida – e tem como administradores Luís Pacheco de Melo (financeiro), Pedro Leitão (residencial), Carlos Duarte (empresarial), Manuel Rosa da Silva (redes) e Nuno Cetra (logística).
Deixaram de ser administradores Alfredo Baptista, José Baldino, David Lopes e Luiz Avelar, que integravam a PT antes da transformação desenvolvida por Bava. Saíram ainda da administração Abílio Martins (muito envolvido na fusão) e Francisco Nunes que, no entanto, mantêm responsabilidades em direcções como a da comunicação e conteúdos e recursos humanos e PT Pro, respectivamente.