Notícia
PSA de Mangualde dispensa 350 trabalhadores
A administração da Peugeot Citröen confirmou hoje ao Negócios a dispensa de 350 trabalhadores. O director financeiro da fábrica de Mangualde, Elísio Oliveira, afirma que são "grosso modo" trabalhadores com vínculos temporários a quem a empresa decidiu não renovar o contrato. A situação recessiva dos principais mercados de destino de exportações da empresa justifica a decisão.
17 de Fevereiro de 2012 às 11:44
O fabricante de automóveis, sediado em Mangualde, vai acabar em Abril com o terceiro turno de laboração, e deixa de ter 1.250 trabalhadores para passar a contar com 900 trabalhadores.
“Este turno foi criado em 2010, para durar seis meses e fazer face às exigências do mercado, mas acabamos por aguentá-lo 17 meses. Em Dezembro, já prevíamos ter de acabar com este turno, mas quisemos manter a equipa até ao inicio do ano para ver qual seria a conjuntura internacional”, disse Elísio Oliveira ao Negócios. O director financeiro sublinha ainda que é prática na Europa trabalhar apenas em dois turnos.
Nos primeiros dois meses deste ano, as perspectivas do FMI desceram de um crescimento de 1,7% para 0%, ou até prever cenários recessivos, nos países europeus (principais destinos das exportações da PSA), o que levou a empresa a reequacionar o seu quadro de colaboradores. Se no ano passado, a fábrica de Mangualde facturou 400 milhões euros e produziu mais de 50 mil carros, as expectativas para este ano são mais modestas. A produção cairá entre 10 e 20% e a facturação cerca de 25%.
“A produção ficará entre os 40 e os 45 mil carros e a facturação será entre os 300 e os 325 milhões”, prognosticou ao Negócios Elísio Oliveira.
O responsável da fábrica salienta ainda que o mercado automóvel é muito “volátil” e “irregular” pelo que “deve haver uma grande flexibilidade laboral”, salientando, no entanto, que a empresa valoriza muito “o seu núcleo duro”, que no caso da PSA de Mangualde é de “900 pessoas”. Oliveira lamenta no entanto a dispensa de 350 trabalhadores: “É um grande desgosto desmantelar uma equipa que sempre respondeu com grande profissionalismo”. “No caso de o mercado voltar a dar mostras de vitalidade, poderemos repensar um novo alargamento de quadros”, prometeu.
Quanto ao futuro, este elemento da direcção da fábrica de automóveis, sediada no interior do país, afirma que após esta “correcção nos quadros da empresa” a intenção será “estabilizar nos dois turnos”, pelo que só poderão acontecer "ajustamentos pontuais".
“Este turno foi criado em 2010, para durar seis meses e fazer face às exigências do mercado, mas acabamos por aguentá-lo 17 meses. Em Dezembro, já prevíamos ter de acabar com este turno, mas quisemos manter a equipa até ao inicio do ano para ver qual seria a conjuntura internacional”, disse Elísio Oliveira ao Negócios. O director financeiro sublinha ainda que é prática na Europa trabalhar apenas em dois turnos.
Nos primeiros dois meses deste ano, as perspectivas do FMI desceram de um crescimento de 1,7% para 0%, ou até prever cenários recessivos, nos países europeus (principais destinos das exportações da PSA), o que levou a empresa a reequacionar o seu quadro de colaboradores. Se no ano passado, a fábrica de Mangualde facturou 400 milhões euros e produziu mais de 50 mil carros, as expectativas para este ano são mais modestas. A produção cairá entre 10 e 20% e a facturação cerca de 25%.
“A produção ficará entre os 40 e os 45 mil carros e a facturação será entre os 300 e os 325 milhões”, prognosticou ao Negócios Elísio Oliveira.
Quanto ao futuro, este elemento da direcção da fábrica de automóveis, sediada no interior do país, afirma que após esta “correcção nos quadros da empresa” a intenção será “estabilizar nos dois turnos”, pelo que só poderão acontecer "ajustamentos pontuais".