A reavaliação das propriedades afectas aos centros comerciais tiveram um impacto de 100 milhões de euros nos resultados antes de impostos da Sonae Sierra no primeiro semestre de 2006, afirmou o CEO da empresa. Álvaro Portela falava num encontro com jornalistas, no Porto, para fazer o balanço da actividade da Sonae Sierra nos último ano.

A Sonae Sierra faz duas vezes por ano a avaliação das suas propriedades, no final de cada semestre, de acordo com as normas IAS, que adoptou em 2001. E foi o valor atingido a 30 de Junho que contribuiu com sensivelmente 100 milhões de euros para os resultados antes de impostos, que se reflectiram num resultado líquido de 140 milhões (mais 93% do que no primeiro semestre de 2005).

O resultado atribuível à Sonae (após minoritários) foi de 87,4 milhões de euros, 118% acima do lucro obtido no mesmo período do ano passado.

A valorização das propriedades resultou, segundo Álvaro Portela, de uma pressão muito grande dos investidores institucionais e da aceleração do processo de convergência dos diferentes países e é a demonstração de que "o endereço do centro comercial não deve influenciar o seu valor".

O efeito da valorização das propriedades já havia sido destacado nas contas semestrais da Sonae SGPS, especialmente pelo seu contributo para o EBITDA (ou cash flow operacional consolidado do grupo, que atingiu 278 milhões de euros no semestre).

A Sonae Sierra é a subholding da Sonae que desenvolve e gere centros comerciais. Fundada em 1989, é actualmente detida pela Sonae SGPS, com 50%, e pela Grosvenor (Reino Unido) com 50%. É proprietária ou co-proprietária de 39 centros comerciais em Portugal, Espanha, Itália, Grécia e Brasil, com um total de área bruta locável (ABL) de mais de 1,6 milhões de metros quadrados.

A empresa tem mais de dois milhões de ABL sob gestão e está a desenvolver 14 projectos de novos centros comerciais.