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Produção industrial aumenta 12,1% em 2021 para níveis pré-pandemia

Os maiores contributos para a evolução do total da venda de produtos e prestação de serviços verificaram-se nas atividades de fabricação de produtos químicos e de fibras sintéticas ou artificiais.

A indústria transformadora está entre os setores de atividade que ainda não recuperaram o nível de emprego.
Paulo Duarte
04 de Julho de 2022 às 14:28
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A produção industrial aumentou 12,1% para 94.300 milhões de euros em 2021, em termos nominais, e 0,2% face a 2019, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Num comunicado hoje divulgado, o INE precisa que os dados são provisórios e que as vendas de produtos e prestação de serviços nas indústrias transformadoras tinham sido de 84,2 mil milhões de euros em 2020 e diminuído 10,6% em relação ao ano anterior.

Em relação à variação homóloga registada em 2021, o INE afirma que "uma parte desta variação é justificada pelo efeito de aumento de preços, dado que o índice de preços na produção industrial (IPPI) registou um aumento homólogo de 8,7% em 2021".

Os maiores contributos para a evolução do total da venda de produtos e prestação de serviços verificaram-se nas atividades de fabricação de produtos químicos e de fibras sintéticas ou artificiais, exceto produtos farmacêuticos, com 1,8 pontos percentuais, seguindo-se as indústrias metalúrgicas de base, com 1,5 pontos percentuais, e a fabricação de coque, de produtos petrolíferos refinados e de aglomerados de combustíveis, com 1,1 pontos percentuais.

De acordo com o IPPI, estas divisões encontram-se entre as que registaram as maiores variações de preços na produção industrial em 2021 face a 2020, destacando-se os aumentos de 24,8% na fabricação de produtos químicos e de fibras sintéticas ou artificiais, exceto produtos farmacêuticos, e 19,6% nas Indústrias metalúrgicas de base.

A divisão das indústrias alimentares manteve-se como a que tem maior peso relativo no total das vendas e prestação de serviços (13,1%), tendo crescido 4,3% face a 2020 e 3,6% face a 2019.

A esta divisão seguiram-se a da fabricação de veículos automóveis (com um peso de 9,9% e -0,5% face a 2020) e a da fabricação de coque, de produtos petrolíferos refinados e de aglomerados de combustíveis (com um peso de 7,2% e +16,6% face a 2020), que apenas alcançaram 80% dos valores obtidos em 2019.

Entre os produtos mais vendidos destacaram-se os Gasóleos e Marine Diesel, que registaram um crescimento de 4,2%, contra -25,2% em 2020, e que representaram 3,7% do total das vendas de produtos produzidos (contra 4,0% em 2020).
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