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Produção industrial aumentou 23,3% em 2022 à boleia da subida dos preços

De acordo com o INE, esta variação é justificada em "parte significativa" pelo "efeito do aumento do preços, uma vez que o índice de preços na produção industrial (IPPI) registou um aumento homólogo de 20,5% em 2022". 

A indústria é o setor onde mais gestores querem subir preços, mas a tendência é transversal a todos os setores.
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12 de Dezembro de 2023 às 11:47
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A venda de produtos e prestação de serviços nas indústrias transformadoras aumentou 23,6% em termos nominais, em 2022, fixando-se assim no 119,6 milhões de euros. Os dados foram divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) que revela que esta é uma subida que se justifica pelo aumento do preços.

Estes são os dados definitivos do Inquérito Anual à Produção Industrial relativo a 2022. Em 2021, em termos nominais, o aumento da produção industrial tinha sido de 96,8 mil milhões de euros (+15%). "Comparando com 2019, registou-se um crescimento de 27,1%", detalha o INE. 

Em julho, foi divulgado o resultado provisório a este inquérito que dava conta de um valor 2,6 pontos percentuais mais baixo, com o INE a adiantar que a produção industrial teria crescido 21% no ano passado.

De acordo com o instituto, esta variação é justificada em "parte significativa" pelo "efeito do aumento do preços, dado que o índice de preços na produção industrial (IPPI) registou um aumento homólogo de 20,5% em 2022". 

"Os maiores contributos para a evolução do total da venda de produtos e prestação de serviços verificaram-se
nas atividades de fabricação de coque, de produtos petrolíferos refinados e de aglomerados de combustíveis, com +5,5 p.p., seguindo-se as indústrias alimentares, com +3,6 p.p., e a fabricação de pasta, de papel, cartão e seus artigos, com +1,9 pontos percentuais", explica o INE no comunicado.

Em valores nominais, o pódio de vendas pertence à indústria alimentar, com um total de vendas de 15,9 mil milhões de euros, à fabricação de coque e produtos petrolíferos refinados que registou 12,1 mil milhões de euros e à fabricação de veículos automóveis, reboques e semi-reboques com 10,8 mil milhões de euros.

O INE destaca ainda, pela negativa, a fabricação de veículos automóveis (-7,7%) e o setor da reparação, manutenção e instalação de máquina e equipamentos (-5,2%) por não terem ainda conseguido recuperar os níveis de 2019.

A indústria do tabaco, sublinha o instituto, foi a "única atividade que contribuiu de forma negativa" para a taxa de crescimento do total da vendas, ainda que de forma muito ligeira com -0,01 pontos percentuais.
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