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Processo de alteração de estatutos do BCP ainda está numa fase preliminar
A alteração de estatutos do BCP ainda se encontra numa fase que os intervenientes consideram preliminar e a comissão do banco que será catalizador do processo só deverá reunir no final do mês, apurou a Lusa de diversas fontes.
A alteração de estatutos do BCP ainda se encontra numa fase que os intervenientes consideram preliminar e a comissão do banco que será catalizador do processo só deverá reunir no final do mês, apurou a Lusa de diversas fontes.
A comissão especializada do BCP em matéria de Governo da Sociedade só deverá reunir-se dentro de algumas semanas, havendo para já apenas contactos, a outro nível, entre alguns accionistas, na sequência de reuniões que já vinham de trás.
O representante de um dos accionistas que integra esta comissão adiantou á agência Lusa que "estão a ser desenvolvidas diligências", mas "só mais para final do mês" haverá algo de concreto ao nível desta comissão [de sustentabilidade e governo societário].
"O meu cliente está empenhado em que seja encontrada uma proposta [de estatutos e modelo de governo] o mais consensual possível, mas posso apenas adiantar que por enquanto não há reuniões e está-se ainda numa fase muito preliminar", referiu.
Paralelamente, também um dos membros da comissão confirmou que por enquanto não há uma reunião agendada, mas "o que se pretende é que seja esta comissão a fazer o trabalho de congregar e envolver os accionistas na definição de uma proposta de estatutos e de governo da sociedade".
Continuam a desenvolver-se, a outro nível, contactos entre accionistas, "que já vinham de trás", segundo esta fonte, envolvendo vários accionistas, entre os quais Teixeira Duarte, Fortis e Joe Berardo.
Outros accionistas, que inicialmente teriam integrado o conjunto dos que participavam nestas reuniões, como a Eureko, o Sabadell e a EDP, deixaram de participar, de acordo com informação disponibilizada pelo já referido representante de um dos accionistas do banco.
"O que se pretende, tal como foi dito pelo engenheiro Jardim Gonçalves, é que seja a comissão especializada em matéria de governo, que faz parte do Conselho Geral e de Supervisão, a fazer esse trabalho de envolver os accionistas e os "stakeholders" e congregar as suas ideias", disse a mesma fonte.
Relembrou que a alteração de estatutos que pressupõe a mudança do modelo de governação do banco terá de ser aprovada por uma maioria de dois terços [mais de 66 por cento] em assembleia geral de accionistas.
"Por isso é importante esse trabalho prévio e que seja apresentada uma solução o mais consensual possível", frisou.
A Comissão de Sustentabilidade e Governo Societário é uma das três instituídas pelo Conselho Geral e de Supervisão, o órgão de fiscalização do banco.
É presidida por Jardim Gonçalves e integra ainda António Costa Gonçalves, Francisco de la Fuente Sanchez, José Melero Sendim João Soares da Silva e Rafael Mora.