A Procerâmica vai instalar uma nova unidade industrial, no Parque Empresarial de Proença-a-Nova, que criará 62 postos de trabalho. O contrato de arrendamento do pavilhão com 12 mil metros quadrados foi assinado esta terça-feira entre o município e a empresa, "que manifestou a intenção de estendê-lo muito além dos 10 anos inicialmente definidos no documento", refere o comunicado da câmara de Proença-a-Nova.

O investimento é de seis milhões de euros e a nova unidade deverá estar em pleno funcionamento em meados de 2016.

Para o presidente do município, esta notícia resulta de uma estratégia definida pelo executivo de atrair novos investimentos e captar emprego para fixar as pessoas ao território: "Por intervenção directa da Câmara Municipal de Proença-a-Nova, até ao final do nosso terceiro mandato esperamos ter criado 250 postos de trabalho e, desses, 50% ou mais são técnicos superiores". João Paulo Catarino destacou o projecto da Derovo, que ainda está numa fase de expansão com a construção de novos pavilhões, e também da Outsystems que até 2017 espera ter uma equipa de cem colaboradores no polo de Proença-a-Nova.

O autarca destacou ainda o papel dos empresários do concelho que, com excepção da construção civil, conseguiram manter os empregos e, nalguns casos, criar novos postos de trabalho, "apesar das enormes dificuldades dos anos mais recentes". João Paulo Catarino espera agora que sinergias sejam criadas entre o tecido empresarial do concelho e a Proecerâmica, à semelhança do que a Derovo está a fazer.

O processo de recrutamento dos 62 funcionários já foi iniciado e os interessados podem entregar o curriculum vitae no gabinete de Acção Social do Município, refere o comunicado da câmara. A expectativa é que a maioria dos postos de trabalho seja ocupada por pessoas do concelho, especialmente em situação de desemprego – inscritos nos Centros de Emprego – e independentemente da sua idade. "Nesta fábrica tanto cabem pessoas com 20 ou 30 anos como com 60, desde que queiram e tenham vontade de trabalhar e sejam responsáveis", afirmou Manuel da Cruz, da Proecerâmica.

Além de funcionários indiferenciados, será necessário contratar quadros superiores nas áreas de Gestão, Marketing, Design, Engenharia de Produção, de Software e Hardware e de Química. O empresário salientou ainda que a expectativa é que três anos depois do início da laboração o número de colaboradores seja superior a 100.

Na escolha de Proença-a-Nova para a instalação da unidade empresarial pesaram não só as condições oferecidas pela autarquia, mas também a questão das acessibilidades: não sendo um concelho com tradição em cerâmica, facilmente as matérias-primas chegam ao PEPA, com a vantagem da proximidade ao mercado ibérico: 99% da cerâmica de mesa que ali será produzida será exportada, para um mercado global que privilegia o design, refere ainda o município.