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Portugueses querem acabar com cartões de fidelidade em plástico

António Murta, Jorge Brás e Carlos Oliveira venderam a multinacionais, com sucesso, empresas que fundaram. António Murta e Jorge Brás estiveram na origem da Enabler, nascida no interior do grupo Sonae. Carlos Oliveira na da Mobicomp. Agora, juntaram-se para financiar a Cardmobili, que nasce com uma vertente internacional.

26 de Janeiro de 2010 às 00:01
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António Murta, Jorge Brás e Carlos Oliveira venderam a multinacionais, com sucesso, empresas que fundaram. António Murta e Jorge Brás estiveram na origem da Enabler, nascida no interior do grupo Sonae. Carlos Oliveira na da Mobicomp. Agora, juntaram-se para financiar a Cardmobili, que nasce com uma vertente internacional.

Na génese deste projecto, António Murta e Carlos Oliveira ainda contaram com outro accionista de peso. Mas Tomás de Azevedo, neto de Belmiro de Azevedo, vendeu a sua participação em Agosto de 2009 aos actuais sócios.

"O facto de terem surgido outras prioridades pessoais e empresariais juntou-se à disponibilidade dos actuais investidores para fazer uma oferta de compra da participação", explica ao Negócios fonte da Cardmobili, detida agora pela Pathena (de António Murta e Jorge Brás) e por Carlos Oliveira.

A partir do Porto, onde tem nove pessoas, a Cardmobili tem uma ambição - acabar com os plásticos e papel na relação das empresas com os clientes que tenham aderido a programas de fidelidade. E permitir que os cartões de fidelidade virtualizados estejam sempre à mão, ou melhor dizendo, no telemóvel.
O projecto já está lançado. Helena Leite, presidente executiva da Cardmobili, explica que o mercado global é o destinatário deste projecto. “Estamos activamente presentes nos Estados Unidos da América (EUA)”. A presença, para já, é comercial, no contacto com possíveis clientes, mas está já em preparação a constituição de uma participada
norte-americana. “Estamos a internacionalizar desde o momento zero”. É por isso que a empresa acredita que o seu volume de negócios passará em 80% pelos EUA e em 20% por Portugal. A projecção é atingir o “break even” (ter a operação equilibrada) em 2011, ano em que alcançará uma facturação de 1,2 milhões de euros.

É um negócio com risco de ser replicável. Por isso, o primeiro a chegar ganhará escala. A oportunidade, a empresa expressa-a nos dados: nos EUA existem, por agregado,

14 cartões de fidelidade, estando 56% inactivos. No Canadá já serão 10 cartões por agregado, com uma taxa de inactividade de apenas 10%. Para Portugal não há números, mas estima-se que existam sete milhões de cartões não bancários.

A proposta da Cardmobili é transferir a informação destes cartões para o “site” da empresa, que depois permite a consulta da informação desses cartões no telemóvel, através de uma aplicação que tem de ser carregada e sem custos para o utilizador final. O negócio da empresa é com as entidades emissoras dos cartões, que poderão potenciar os seus programas, fazendo uma comunicação direccionada.

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