Portugal verá reduzido o seu peso por país no índice Morgan Staley Capital International (MSCI), de 0,23% para 0,15%, devido à alteração dos critérios de composição do índice.

A nova metodologia de cálculo dos índices passará a basear-se na percentagem total do capital disperso em Bolsa de cada empresa, em detrimento da sua capitalização bolsista. As alterações serão implementadas, numa primeira fase, a partir de 30 de Novembro deste ano.

De acordo com a Morgan Stanley, estas alterações serão introduzidas com vista a conceder maior representatividade aos índices e a auxiliar os investidores.

Neste âmbito, as empresas cotadas nacionais que integram o índice vão perder peso no conjunto, passando dos actuais 0,23% para os 0,15%. Ao invés, o peso dos Estados Unidos (EUA) será reforçado de 49,06% para 55,3%, com o do Reino Unido a passar dos 9,31% para os 10,38%, uma vez que as empresas desses países têm uma maior percentagem do seu capital disperso em Bolsa.

Neste último mercado, a Vodafone, empresa que controla a nacional Telecel Vodafone, deverá subir o seu peso no índice, tendo em conta que o seu capital social está disperso na sua totalidade em Bolsa, ou seja, o «free float» corresponde a 100%.

O índice será calculado no próximo dia 31 de Maio, tendo em conta os «free floats» desde 11 de Maio. O índice ajustado incluirá 2.258 empresas, mais 192 do que o actual índice por país.

A Electricidade de Portugal (EDP), o Banco Comercial Português (BCP) e o Banco Espírito Santo (BES) serão as empresas mais afectadas do mercado nacional pela alteração da composição do índice, segundo a UBS Warburg.

Os investimentos nas empresas cotadas nacionais que integram estes índices deverão ser reduzidos com o ajustamento de carteiras que a implicação dos índices MSCI implica.