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Portugal com quinto maior reforço de gastos em I&D na última década
Apesar de o país ainda manter investimento abaixo da média na inovação, a evolução desde 2013 representa uma das maiores subidas de despesa entre os 27.
Portugal obteve, na última década, o quinto maior reforço da União Europeia em despesas com investigação e desenvolvimento (I&D), mostra uma atualização do indicador de inoovação na economia publicada nesta quarta-feira pelo Eurostat.
A intensidade de I&D no país, expressa no valor de gastos em percentagem do PIB realizada pelas entidades do sector público e privado, aumentou de 1,32% para 1,69% do PIB no período entre 2013 e 2023.
O aumento, em 0,37 pontos percentuais do PIB, decorre de uma subida das despesas dedicadas à inovação de cerca de 2,3 mil milhões de euros para 4,5 mil milhões de euros, num aumento para o dobro.
À frente de Portugal, no reforço da intensidade em I&D, estão Bélgica (mais 1 ponto percentual do PIB para 2,32% do PIB), a Polónia (mais 0,68 p.p. para 1,56% do PIB), Grécia (0,67 p.p. para 1,49% do PIB) e Croácia (0,60 p.p. para 1,39% do PIB).
Apesar de apresentar uma das maiores subidas, Portugal mantém ainda uma baixa posição relativa neste domínio, ficando abaixo da média da União Europeia, de 2,22% do PIB em 2023. É, entre os 27, o 12º país com maior intensidade de I&D, numa classificação liderada pela Suécia (3,57% do PIB).
De acordo com os dados hoje apresentados pelo Eurostat, no ano passado o conjunto dos países da União gastou 381,4 mil milhões de euros em I&D. As empresas, com dois terços da despesa, foram as principais responsáveis pelos investimentos, seguindo-se universidades (21%), sector público (11%) e setor particular não lucrativo (1%).