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Portucel aguarda privatização da Ence para decidir sobre posição de 7%

A Portucel vai aguardar pela decisão do concurso público relativo à privatização da Ence, antes de decidir sobre a participação de 7% que detém actualmente naquela empresa, referiu fonte oficial da empresa ao Canal de Negócios.

14 de Maio de 2001 às 14:25
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A Portucel vai aguardar pela decisão do concurso público relativo à privatização da Ence, antes de decidir sobre a participação de 7% que detém actualmente naquela empresa, referiu fonte oficial da empresa ao Canal de Negócios.

Segundo o jornal espanhol «Cinco Dias», a empresa liderada por Jorge Armindo (na foto) poderá ser obrigada a alienar a participação de 7% que detém actualmente no capital da Ence, para evitar o lançamento de uma oferta pública de aquisição (OPA).

«Para já, concorremos à privatização da Ence e depois logo se vê», afirmou fonte oficial da Portucel, referindo-se à possibilidade de ser obrigatória a alienação da posição que já detém na companhia espanhola.

A fonte da empresa nacional de pasta e papel sublinhou que «a lei espanhola não impede, de maneira nenhuma, que concorramos à privatização da Ence».

De acordo com a legislação espanhola, os detentores de uma participação superior a 25% numa companhia do país vizinho, são obrigados a lançar uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre pelo menos 10% do capital da mesma empresa.

Em caso de vitória no concurso, a Portucel passaria a deter quase 32% da Ence, o que levaria à obrigatoriedade de avançar com uma OPA.

Segundo o periódico espanhol, a SEPI, entidade detida pelo Governo espanhol e que controla a sua participação na Ence, não pretende que seja lançada uma OPA após concretizar a alienação de 24,99% do capital a um parceiro estratégico, pelo que poderá exigir ao consórcio vencedor que venda a sua participação, caso já se encontre representado no capital da Ence.

Os espanhóis da Caixa Galicia, que formaram um consórcio com o Banco Zaragozano e o Bankinter para concorrer à privatização, controlam uma posição de 3,01% na papeleira do país vizinho, pelo que se encontram na mesma situação que a Portucel.

A Sonae também se apresentou a concurso, em conjunto com o Banco Pastor e as associações madeireiras espanholas Foresgal e Sylvanus, mas não detém qualquer participação no capital da empresa.

A SEPI detém actualmente cerca de 51% do capital da Ence, tendo anunciado a intenção de dispersar em Bolsa os 26,01% que não serão vendidos a um parceiro estratégico. O vencedor do concurso público deverá ser anunciado no próximo mês.

Às 14h14, a Portucel transaccionava inalterada nos 1,16 euros (232 escudos).

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