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Dois terços das empresas em Portugal obtiveram lucros em 2023

Mais de metade das empresas possui níveis de resiliência financeira elevado ou médio-alto, sendo mais alto quanto maior é a dimensão das empresas.

Pedro Catarino/Correio da Manhã
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Dois terços das empresas atingiram resultados positivos no ano passado, "uma realidade que é transversal à maioria dos setores de atividade", com destaque para as energias, serviços empresariais e indústrias, avança a Informa D&B, em comunicado.

 

De acordo com a análise da consultora, que garante ter analisado os resultados de cerca de 371 mil empresas, os lucros agregados do tecido empresarial cresceram 12,2% face a 2022, para um total de 35,5 mil milhões de euros, detalha o Dinheiro Vivo.

 

"Metade das empresas regista um crescimento neste indicador, dando continuidade aos aumentos expressivos de 2021 e 2022", realça a D&B, explicando que "o crescimento dos resultados líquidos refletiu-se numa melhoria da rentabilidade das empresas".

 

"A margem líquida evoluiu de forma positiva em 2023, atingindo os 8,2% (mais 0,7 pontos percentuais), fruto do efeito conjunto do crescimento dos negócios e de uma maior otimização das estruturas de custos, traduzindo-se numa maior criação de valor e riqueza para a economia nacional", conclui a mesma consultora.

Já o volume de negócios agregado cresceu 2,5%, o que representa um acréscimo de 10,6 mil milhões de euros, revela a D&B, destacando que "este registo surge após dois anos consecutivos de forte crescimento neste indicador". A faturação totalizou 435 mil milhões de euros, adianta o Dinheiro Vivo.

As pequenas e as médias empresas foram os segmentos com o maior crescimento no volume de negócios, registando aumentos de 8,6% e 7,0% respetivamente, enquanto nas microempresas o aumento foi de 2,3%.

 

Contrariando a tendência dos últimos dois anos, a faturação das grandes empresas desceu 1,2% face ao ano anterior.

 

Em termos setoriais,  os grandes destaque vão para o alojamento e restauração (mais 18%), serviços gerais (mais 14%) e serviços empresariais (mais 13%), enquanto os segmentos da energia e ambiente (menos 14%), grossista (menos 3,8%) e indústrias (menos 3,3%) foram os que registaram maiores quedas de faturação.

O volume de negócios agregado das exportações recuou 1,2% face a 2022, tendo este decréscimo sido compensado com o aumento de 3,6% da faturação do mercado interno, enfatiza a D&B.

 

Entretanto, à semelhança dos últimos anos, "quase dois terços" das empresas manteve os números do emprego em 2023.

 

Nota final: Mais de metade das empresas possui níveis de resiliência financeira elevado ou médio-alto, sendo mais alto quanto maior é a dimensão das empresas.

 

"Em quase todas as dimensões, cerca de 70% das empresas têm resiliência elevada ou médio-alta", concluiu a D&B, sendo que "a exceção são as microempresas, com estruturas financeiras mais frágeis e que, dado o seu elevado número, afetam a média global do tecido empresarial", explica a consultora.

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