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Pescanova rejeita ocultação de prejuízos na unidade de Mira

Os prejuízos resultam de dois acidentes nas instalações portuguesas e ascendem aos 70 milhões de euros. A multinacional confirmou já os acidentes, mas recusa ter encoberto as perdas.

Correio da Manhã
15 de Abril de 2013 às 16:46
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A edição desta segunda-feira do “El País” noticiava que a empresa espanhola encobriu um prejuízo de 70 milhões de euros em Portugal nos últimos dois anos. Contudo, a Pescanova veio já rejeitar qualquer tipo de ocultação dos prejuízos.

 

Em declarações à Rádio Renascença (RR), o director-geral da empresa em Portugal, Carlos Henriques, recusou que a Pescanova tenha tentado esconder os prejuízos, negando a notícia do “El País”.

 

Os prejuízos resultam da morte de peixes criados na unidade de aquicultura na Praia de Mira, distrito de Coimbra, devido a problemas no sistema de captação de água do mar e a contaminação por bactérias. A morte dos peixes resultou em metade da produção que era esperada, atingindo apenas 4.437 toneladas, tanto em Portugal como em Espanha.

 

Carlos Henriques, que não quis gravar declarações, uma vez que o assunto se encontra em tribunal e está, por isso, sujeito ao segredo de justiça confirmou os acidentes, reiterando, no entanto, a ocultação das perdas, segundo noticia a RR.

 

Terá sido o auditor de contas da Pescanova que deu pelo prejuízo, em Fevereiro de 2012. Contudo, garantiu que existia um seguro que cobria as perdas. A multinacional terá ocultado depois o impacto das perdas na contabilidade, de acordo com o diário espanhol.

 

O regulador do mercado espanhol deu como prazo máximo esta segunda-feira para a Pescanova apresentar as contas relativas a 2012. Porém, a empresa já deixou passar duas vezes o prazo para apresentar o relatório.

 

A unidade da Praia de Mira da Pescanova, a Acuinova, foi inaugurada em 2009 durante o mandato de José Sócrates e é a maior unidade do mundo de pregado. O investimento custou 140 milhões de euros. Devido aos prejuízos, a empresa colocou 84 dos 174 trabalhadores da unidade portuguesa em regime de “lay-off”.

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